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Policia MT
Quinta - 30 de Outubro de 2014 às 14:53

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Divulgação

Em pronunciamento no final da manhã de hoje (30), durante sessão na Assembleia Legislativa, o deputado José Riva (PSD), revelou detalhes da conversa que manteve durante a madrugada com os pilotos Evandro Rodrigues Alves e Rodrigo Frais Agnelli, que permaneceram desparecidos por 40 dias, sequestrados por um grupo de assaltantes. Eles foram liberados há dois dias e nessa madrugada chegaram à cidade de Guajará-Mirim, interior de Rondônia. 

Os pilotos relataram ao parlamentar que foram liberados depois que três mecânicos foram feitos reféns. “No desacerto entre o comprador do avião e os ladrões liberaram eles. Fizeram três mecânicos como reféns e avisaram: olha a partir de hoje vocês correm risco de vida. Façam o que o coração de vocês mandarem. Vocês estão liberados e andaram muitos quilômetros a pé, até essa cidade”. Os mecânicos seriam 'empregados' dos criminosos que estavam interessados na compra da aeronave.

Na manhã de hoje os dois pilotos ainda prestaram depoimento à Polícia Civil local. “Foram 40 dias de muita angústica. Todos os outros problemas não muito pequenos. Eles vão narrar a história em detalhes quando chegarem aqui, mas nesse tempo todo eles me contaram que nunca desceram em nenhuma cidade. Sempre, somente em pistas e sempre andando em zigue-zague. No primeiro dia voaram por uma hora e pararam em uma pista muito ruim. Dava pra perceber que era um local abandonado, cheio de morro, de cupim. No segundo dia, voaram duas horas e depois mais meia hora. Sempre ficaram de costas para os ladrões, com os meninos encapuzados. Eles diziam que não precisavam esconder o rosto”.

Riva ainda afirmou que três missões permaneciam na Bolívia a procura dos pilotos. “Agradeço a todos que torceram, oraram e ajudaram. Nós estamos com três missões na Bolívia em lugares diferentes e já falamos com duas delas para que retornem ao Estado. Os pilotos foram liberados de forma espontânea. Mostra que foi da vontade de Deus”.

Na manhã de hoje uma aeronave particular se deslocou até a cidade de Rondônia para buscar os pilotos. Eles devem chegar ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon entre 13h e 13h30 de hoje, onde já são aguardados por amigos e familiares.

Não há nenhuma informação quanto a aeronave modelo King Air, prefixo ATY, roubada na data de 20 de setembro do aeroporto de Pontes e Lacerda (a 480 km de Cuiabá).

A região em que permaneceram é amplamente usada para o tráfico. A informação dos pilotos, que relataram momentos de pânico. E a única coisa que a gente consegue pensar nessa situação é na família e nos amigos. O resto você não lembra de nada.

"Nòs ficamos em vários lugares, em casas, em ranchos. A demora foi referente a compra. No final acabaram pegando os reféns dos compradores", contou o piloto Evandro. Ele disse que uma mulher chegou a cozinhar e que chegou a comer arroz em copos descartáveis. 'Nossa saída foi muito arriscada. Se o pessoal soubesse que estávamos liberados seria perigoso".

Emocionado, os pilotos descreveram à imprensa que passaram muito medo após serem liberados, já que não sabiam a quem recorrer no momento em que foram abandonados ainda em território boliviano.

Os pilotos confirmaram durante entrevista à imprensa que os dois sequestradores são brasileiros e que o avião seria revenido a estrangeiros. A aeronave roubada já 'ganhou uma nova cor' e também teve um 'novo prefixo' pintado pelos bandidos.

O piloto Evandro, durante uma rápida entrevista à imprensa, considerou como sendo um verdadeiro renascimento o momento da chegada a território brasileiro. Ele confirmou ainda que não sofreu nenhum dano físico durante o período em que foi mantido em poder dos sequestradores.

Muito choro e sorrisos com a chegada dos pilotos. A recepção, composta por inúmeros amigos e parentes, é feita no hangar da empresa de táxi aéreo, que teve uma aeronave fretada para buscar os pilotos em Rondônia.

Um avião da empresa Aliança Táxi Aéreo acaba de pousar em Várzea Grande trazendo os dois pilotos. Eles serão recebidos por amigos e familiares em um hangar particular.

Em conversa com os jornalistas o parlamentar, no aeroporto Marechal Rondon, onde ele e sua esposa aguardam a chegada dos pilotos, ele avaliou que o trabalho de investigação da Polícia não foi eficiente, mas ponderou que é complicado atuar em uma território estrangeiro.





Fonte: Olhar Direto

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