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Economia
Sábado - 01 de Novembro de 2014 às 03:14

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Moradias do Minha Casa, Minha Vida: governo
Moradias do Minha Casa, Minha Vida: governo

O governo central (contas públicas de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de R$ 20,399 bilhões em setembro, pior resultado da série histórica, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira (31).

Setembro foi o quinto mês consecutivo em que o governo gastou mais do que arrecadou. Com isso, no acumulado de 2014, o resultado ficou negativo em R$ 15,706 bilhões. É a primeira vez que as contas ficaram no vermelho, segundo a série histórica do Tesouro.

O “resultado primário” é definido pela diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. Os dados consideram os gastos do governo com pagamento de salários, investimentos, obras de infraestrutura, financiamento de programas sociais, repasses a órgãos e ministérios, dividendos com bancos públicos, repasses previdenciários, entre outros. Por outro lado, considera a receita do governo com impostos e recebimento de dívidas, por exemplo.

Caso essa diferença seja positiva, tem-se um “superávit primário”; caso seja negativa, tem-se um “déficit primário”. O superávit primário é uma indicação de quanto o governo economizou ao longo de um período de tempo (um mês, um semestre, um ano) com objetivo de pagar os juros sobre a sua dívida.

O resultado negativo indica que o governo teve de se endividar para poder cumprir com seus compromissos. Com o déficit primário, os juros não pagos de dívidas anteriores se somam à atual dívida — ou seja, ficou maior a dívida pública do Brasil.

Uma das justificativas para explicar esse cenário é que o governo está gastando mais do que arrecada numa tentavia de estimular o crescimento do País, já que o PIB está muito abaixo do esperado — o Brasil está em recessão técnica após dois trimestres consecutivos de queda.

O resultado compromete de vez o cumprimento da meta fiscal de 2014. A meta de superávit primário do govenro central para o ano é de R$ 80,8 bilhões. Até setembro, no entanto, o resultado é de déficit de R$ 18,9 bilhões.

Investimentos

As despesas no mês passado foram de R$ 98,1 bilhões — crescimento de 5,5% com relação ao mesmo mês de 2013 — enquanto as receitas ficaram em R$ 77,7 bilhões — queda de 5,9% na comparação com ano passado.

Um dos principais motivos para a alta dos gastos é o crescimento dos investimentos, o que inclui gastos com programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida. Os dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional mostram que, de janeiro a setembro, o governo gastou R$ 62,4 bilhões em investimentos, o que corresponde a 63,6% das despesas governamentais — na comparação com mesmo período de 2013, o crescimento dos investimentos é de 34,1%.

A maior parte desse montante, no entanto, é com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que consumiu R$ 47,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano, crescimento de 47,8% com relação ao mesmo período do ano passado.





Fonte: Do R7

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