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Sábado - 22 de Novembro de 2014 às 20:30

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Não bastasse a alta carga tributária e o número de impostos que precisam pagar, empresários e comerciantes instalados ao longo da Avenida Júlio Campos, em Várzea Grande, enfrentam uma onda de roubos e furtos em seus estabelecimentos. Apavorados, eles reclamam da falta de policiamento e cobram mais ações na área de segurança pública.

Uma das principais vias da cidade, a Júlio Campos conta com inúmeras casas comerciais, supermercados e bancos instalados ao longo dos dois lados da pista, que liga a região central da cidade às BRs-364, 163 e 070, além da Rodovia Mário Andreazza. Por lá, não é difícil encontrar alguém que já foi alvo ou que conhece algum caso de violência.

“Eram cerca de 15 horas quando um dos bandidos entrou e o outro veio logo em seguida. O primeiro anunciou o assalto e todos os funcionários foram rendidos”, o vendedor de uma casa de auto peças, Fred Siqueira.

Segundo Siqueira, os dois assaltantes estavam nervosos e foram bastante violentos. “Eles agrediram bastante o gerente. Deveram vários chutes e pontapés no rosto dele, que ficou todo roxo. Até ficou uma poça de sangue no chão”, informou.

Do estabelecimento, conforme Siqueira, os marginais fugiram levando dinheiro, joias e celulares dos funcionários. Acionados, a Polícia Militar (PM) fez ronda e uma corrente e pulseira de ouro foram recuperados. Porém, o vendedor critica a falta de policiamento. “Até no meio do ano os policiais estavam sempre circulando pela avenida. Eles passavam direto, tinha mais ronda. Depois da mudança de comando (do 4º Batalhão) é difícil ver uma viatura por aqui”, lamentou.

O assalto na casa de autopeças ocorreu há pouco menos de um mês. Porém, na madrugada da última quinta-feira (13), bandidos arrombaram o telhado e conseguiram entrar em outra loja de baterias e autopeças. Felizmente o alarme tocou e, provavelmente, os ladrões fugiram preocupados em ser pegos. “Dessa vez levaram celular e fizeram muita bagunça. Mas, no dia 5 de agosto (passado), dois homens, pelo menos um armado, entraram e fizeram a gente refém”, contou a Júlia Márcia Daniel. “Um deles apontou a arma para minha cabeça e foi bastante apavorante. Foi um pânico muito grande”, acrescentou.

Conforme Júlia Daniel, os bandidos fugiram levando dois equipamentos denominados raster, notebook, tela de computador, joias e carteiras. “Se tivéssemos comprados outro aparelho eles teriam levado da ultima vez (dia 13)”, comentou. Ela também acredita que falta reforço no policiamento na região. “Todos nós trabalhamos com medo e quando a gente liga para polícia eles dizem que só tem duas viaturas para atender todo mundo”, frisou. Em um período de um ano, a empresa contabiliza quatro assaltos ou furtos.

Dois antes, uma casa comercial de açúcar também foi arrombada, durante a madrugada. Os bandidos entraram pelo telhado e levaram uma tevê 46” e uma furadeira. Além disso, dois veículos, um Fiat Strada e um caminhão, tiveram os vidros quebrados. Gerente do estabelecimento, Silvio Pinho afirma que este não foi um caso isolado. “Já perdemos a conta de quantas vezes entraram na empresa e isso é um absurdo. A gente chama a policia e ninguém faz nada”, criticou.

Embora reconheça que o efetivo não é suficiente e que isso contribui para a sensação de insegurança, o comandante da 1ª Companhia do 4º Batalhão de Várzea Grande, major Francisco Assis da Silva, garante que a Polícia Militar tem trabalhando intensamente para combater os roubos e furtos, em Várzea Grande.

“Estamos atuando muito intensivamente em Várzea Grande tanto que registramos em outubro 42 flagrantes (prisão) de roubo e 12 furtos, além de 15 receptações”, destacou. “Os casos (furtos ou roubos) estão acontecendo, mas estamos dando uma resposta à nossa cidade. A gente utiliza o efetivo rotineiro em todos os pontos da cidade, priorizando a região comercial, como a Avenida Couto Magalhães e Júlio Campos”, acrescentou.

Para reforçar o trabalho que vem sendo feito major Silva cita ainda em outubro passado houve um aumento de 250% em apreensões de arma de fogo se comparado ao mês anterior. Em setembro foram apreendidas sete armas. No mês passado, foram 20.

Para fazer o policiamento em toda a sua área (do Zero Quilômetro até a região do Distrito de Bonsucesso/Pai André), a 1ª Companhia conta com uma escala de 30 policiais por dia. Sobre a possibilidade de reforço patrulhamento na Júlio Campos, major Silva disse que a solicitação vem sendo estudada. 





Fonte: Do DC

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