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Segunda - 24 de Novembro de 2014 às 09:58

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A rodada de depoimentos de testemunhas de uma ação penal que investiga indícios venda de sentença no Judiciário deve ser retomada nesta segunda-feira (24). Na semana passada, durante três dias, as testemunhas de acusação foram ouvidas pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado, Ordem Tributária, Econômica e Administração Pública, no Fórum de Cuiabá. Agora, devem ser ouvidas as testemunhas de defesa arroladas pelos 22 réus.

Outras testemunhas já foram intimadas a depor na quarta-feira (26) e na sexta-feira (28), a patir de 13h30 [14h30 no horário de Brasília] sobre o esquema que teria a participação de advogados, magistrados e lobistas. Ao todo, são 82 testemunhas de defesa. A organização criminosa veio à tona durante a Operação Asafe, deflagrada pela Polícia Federal, em 2010. Durante a operação, nove pessoas foram presas.

Uma das testemunhas que devem ser ouvidas pela magistrada nesta segunda é um advogado citado no inquérito do Ministério Público Federal (MPF). Ele teria sido procurado pela mulher do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Tadeu Cury, Célia Cury, presa durante a operação por suspeita de integrar o esquema criminoso.

Consta das investigações que no dia de uma operação deflagrada pelo Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em 2008, vários habeas corpus foram impetrados em favor dos presos sob acusação da prática de cartel nos postos de combustíveis. Célia e outra suspeita teriam supostamente captado 'clientes' oferecendo a certeza de que seriam soltos através de influência junto a um desembargador do TJ-MT, a quem caberia analisar os pedidos de habeas corpus.

Conforme o inquérito, Célia teria recorrido a outros advogados e à filha do desembargador para tentar captar esses clientes. Porém, esse advogado não faz parte da lista dos 22 réus da ação penal. Entre as testemunhas também estão dois servidores do Tribunal de Justiça.

Um dos réus, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça, Donato Fortunato Ojeda, arrolou como testemunha o desembargador Teomar de Oliveira Corrêa, que se aposentou do cargo em 2012. O magistrado também deve ser ouvido nesta segunda-feira.

Nove réus na ação penal foram dispensados de participar das audiências, entre eles uma juíza e um desembargador. Os acusados respondem a processo em tramitação na Justiça Federal.

As investigações apontaram ainda a suposta participação dos desembargadores Evandro Stábile, José Luiz de Carvalho, já falecido, e Carlos Alberto Alves da Rocha. O processo contra eles, no entanto, tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).





Fonte: Do G1 MT

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