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Polícia Brasil
Sexta - 28 de Novembro de 2014 às 14:15

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Divulgação/PJC

Um médico suspeito de comprar o diploma para atuar em Mato Grosso é investigado pela Polícia Judiciária Civil (PJC). As investigações fazem parte da ‘Operação Falsário’ que descobriu um esquema de venda de certificados em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Durante o cumprimento dos mandados foram encontrados 300 deles prontos para serem entregues.

De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Anamaria Machado, o grupo atuava em 14 cidades de Mato Grosso e possuía um escritório em Cuiabá: “Eles captavam os alunos, que são os clientes deles, e ofereciam os diplomas. As pessoas tinham de pagar cerca de R$ 90 mil pelos de ensino superior e entre R$ 750 e R$ 1 mil pelos de ensino médio e fundamental”.

“Nós estamos investigando várias pessoas e já descobrimos que existe um médico com diploma falso atuando em Mato Grosso”, revelou a delegada. Ainda segundo ela, a pessoa estaria inclusive registrada no Conselho Regional de Medicina (CRM). A polícia estima que o certificado era recebido um ou dois meses após o pagamento. Também foi dito por Anamaria que não há escolas nem faculdades do Estado envolvidas: “Existem unidades no Rio de Janeiro e também no Maranhão”.

Além disto, algumas pessoas compravam os certificados para poder atuar como servidores públicos: “Temos a informação de que um agente prisional de Mato Grosso também fez a compra deste diploma falso e estaria atuando de forma irregular. Ele deverá responder civil e criminalmente”, explica a delegada responsável pelo caso.

As investigações apontaram que existiam lideres em vários Estados. A PJC conseguiu prender Carlos Alexandre de Souza, que comandava as operações em Mato Grosso, segundo a polícia. Ele, que é de Cáceres, tinha um escritório em Cuiabá para captar os clientes. Porém, a polícia também prendeu intermediários que atuavam tanto em São Paulo, como Minas Gerais: “O número de suspeitos é grande”, disse Anamaria.

Ao todo foram 23 mandados de busca expedidos pela Justiça, além de 11 mandados de prisão preventiva, destes, 10 já foram cumpridos. Além disto, ainda tiveram 23 três mandados de condução coercitiva. Um grande volume de material foi apreendido e só em Cáceres foram encontrados R$ 126 mil em espécie e R$ 28 mil em cheques. A operação teve início em julho e tem a participação das delegacias de Minas Gerais e São Paulo.





Fonte: Olhar Direto

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