Repórter News - www.reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 17 de Dezembro de 2014 às 14:05

    Imprimir


Sem acesso a medicamentos desde a última sexta-feira, usuários da saúde pública protestaram na manhã de hoje, 17, em frente à farmácia de Alto Custo do Estado. Irritados, chegaram a tentar impedir o acesso de funcionários e policiais militares. Caso a situação não fosse resolvida até às 13h de hoje eles prometeram fechar a avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha). Depois de recorrer ao Ministério Público Estadual (MPE) para informar sobre o que considera uma “vergonha”, Anselmo Rodrigues do Amaral denunciou a situação à Polícia Civil. Pai de uma criança com deficiência mental e visual, ele não conseguiu ter acesso ao medicamento Sabril, que é usado no tratamento da epilepsia. “Imagina os transtornos que isso causa a uma pessoa”, lamentou. Desde a semana passada a unidade está fechada sem acesso ao sistema de operacionalização do banco de dados.

Mônica dos Santos Bambrila, todo mês necessita de uma dose do medicamento empregado para a artrite reumatoide. Cada dose, tem o valor de R$ 4,3 mil. “Nós já nos deparamos com tantas situações aqui. Dessa vez é com relação a empresa que fornece a liberação do medicamento. Sem uma resposta, nós continuamos no aguardo, na expectativa”.

A vice-presidente do Conselhlo Estadual de Saúde, Alzira Saldanha, acompanhou o protesto e afirmou que o MPE já foi acionado, denúncias já foram feitas em busca de medidas que solucem o atendimento, mas pondera que os resultados são pífios. “Todos os caminhos legais foram adotados, mas infelizmente, o poder público não corresponde aos anseios dos usuários”.

Outro Lado

O problema quanto a suspensão da operacionalização que permite o controle, cadastramento e posteriormente dispensação dos medicamentos retorna a plena atividades nesta tarde. A informação é da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) que afirmou ter obtido decisão cautelar favorável.

Ainda segundo a assessoria, após o rompimento do contrato com o Instituto Pernambucano de Assistência (IPAS) o Estado efetuou os pagamentos devidos e firmou novo contrato com a empresa gestora do sistema, mas não pode ser responsabilizadas por dividas que não lhe pertencem e a questão tramita na esfera judicial.

Afirmou ainda que o governo de Minas Gerais cedeu a MT a utilização de um sistema para o controle da entrega de medicamentos e que os trabalhos para migração de dados devem ter inícios nos próximos dias, o que acarretará na interrupção do atual contrato considerando os problemas registrados.

O procurador geral do Estado, Jenz Prochnow, afirmou ao Olhar Direto, que em caso de descumprimento da decisão liminar a multa diária a ser paga é de R$ 20 mil. 





Fonte: Olhar Direto

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/405620/visualizar/