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Cidades/Geral
Quinta - 18 de Dezembro de 2014 às 23:28

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Uma funcionária da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) denunciou ter sido agredida “com socos e chutes” pelo pai de um paciente. Ao Só Notícias, a servidora, que preferiu não ter o nome divulgado, disse que uma mãe chegou com uma criança que não pôde ser atendida na hora por falta de um lençol na cama. “Ela ficou muito revoltada e começou a me xingar. Eu preparei a medicação, mas a criança não quis tomar. A mãe não parava de proferir ofensas contra mim e, em nenhum momento, revidei”.

Percebendo o nervosismo da paciente, a funcionária pediu para outros colegas a atenderem e se afastou. “Eu fui fazer outra atividade no ‘postinho’, foi quando ela veio atrás de mim e tentou me agredir. Para tentar sair de perto, empurrei ela, mas logo em seguida chegou o marido dela que me deu um soco. Com a pancada, eu caí e ele veio para cima de mim, acertando vários chutes. Os meus colegas tiveram que segurá-lo. Fui, inclusive, ameaçada de morte”.

A Polícia Militar foi chamada, mas o suposto agressor fugiu. A mãe da criança e a funcionária foram encaminhadas à delegacia da Polícia Civil, onde um boletim de ocorrência foi registrado. A servidora teve que ser afastada do trabalho, inicialmente, por um período de 30 dias, informação que foi confirmada pelo diretor da UPA, Gerson Danzer.

“Ela foi agredida de maneira bastante cruel e vamos encaminhá-la para uma avaliação psicológica para saber se ela tem condições de retornar ao trabalho. Infelizmente a população, por um motivo ou outro, acaba agindo de forma violenta”.

Gerson explicou que algumas medidas de segurança estão sendo providenciadas para que a situação não se repita. “Temos um policial que fica na unidade, entretanto, às vezes, até mesmo por causa do baixo efetivo que temos na cidade, ele acaba se ausentando para cumprir outras atividades de seu trabalho. Estamos contratando, por meio da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) alguns seguranças. Eles são treinados para lidar com estas situações e não portarão armas”.

A servidora desabafou e disse que a cobrança por mais segurança para os funcionários da UPA é antiga. “A prefeitura precisa se conscientizar. As agressões verbais contra nós são constantes. Já pedimos várias vezes para que a segurança fosse reforçada. Fiz esta denúncia para que o poder público tome alguma providência. Eu poderia ter morrido”.

Um processo administrativo foi aberto para apontar os responsáveis. A polícia também está investigando o caso.





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