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Cidades/Geral
Segunda - 26 de Janeiro de 2015 às 09:11

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REPRODUÇÃO

De nada adiantou o governo do Estado sinalizar positivamente às novas cores da Trincheira Jurumirim após os primeiros grafites aparecerem. Na madrugada de hoje (25), após os elogios publicados na rede social Facebook, os grafiteiros Simone Ishizuka, André Gorayeb e André Eduardo de Andrade foram detidos por policiais militares do 10º BMP.

De acordo com Simone, uma das vítimas, eles foram detidos por estarem grafitando a Trincheira do Santa Rosa. "Argumentamos sobre a publicação do Governo de Mato Grosso que dava apoio e incentivo a este tipo de arte, através do post do Facebook. Mas ao invés de buscar o entendimento, os dois militares nos trataram como bandidos. Xingamentos, alto tom de voz e desdém", relata.

Simone, que exerce o jornalismo com atuação em diversos veículos, explica ainda que sem ter escolha, foram obrigados a fazer todo o procedimento criminal. O grupo foi levado para DP e após o registro da ocorrência, ficou sob responsabilidade da Polícia Civil. Além disso, foram encarcerados no corredor das celas, junto com homicídas, traficantes, entre outros criminosos. "Estes sim oferecem risco à sociedade. No momento em que entrei, disse que sabia dos meus direitos e que não deveria estar lá, sendo que eu era a única mulher no espaço. Fomos tratados como se fossemos criminosos e vândalos, sendo que simplesmente buscávamos dar conforto visual e mais beleza a nossa cidade. Nós entendemos que a arte deve ser livre a todos que querem expressa-lá sem exceção", disse.

A artista também ressalta que tentou explicar que estavam desenhando um grafite e mostrou no celular que este tipo de arte era apoiada até mesmo pelo governador Pedro Taques (PDT). Entretanto, não teve sucesso. "Disseram em alto tom de voz que ‘não interessava’ o que o Governo disse e que precisávamos de uma autorização especial da prefeitura da Capital para fazer qualquer tipo de grafite na obra. Durante o caminho passamos pela Trincheira Jurumirim, onde se encontram os desenhos divulgados pela página do Governo no Facebook. Neste momento, apontei para os policiais e disse que a arte explanada pela gestão se tratavam daquelas. Nesse momento, um dos agentes começou a gritar comigo, me chamando de ‘noiada", relatou.

Os grafiteiros ressaltam todo o respeito à Polícia Militar e afirma entender a rotina desgastante dos policiais. No entanto, dizem que respeitam as leis e as pessoas e após "receberem" o suposto apoio do governador, não se sentiram impedidos de trabalhar com a sua arte nos muros cinzas da Capital. "Não queremos ferir o espaço de ninguém ou infringir qualquer constituição, respeitamos as leis, só queremos mostrar o nosso trabalho e contribuir embelezando a nossa cidade, por um motivo simples: a vergonha estampada termos uma obra grandiosa mal-acabada", finaliza Simone.

Outro lado

A PM informou, através da assessoria de imprensa, que está apurando o ocorrido. A expectativa é que o comando se posicione sobre o assunto somente na segunda (26).





Fonte: RD News

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