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Quarta - 28 de Janeiro de 2015 às 19:48

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O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Júlio Pinheiro (PDT), recebeu com surpresa uma ordem judicial determinando o impedimento do seu depoimento no suposto caso de desvio dinheiro público na gestão de João Emanuel no Parlamento Cuiabano. O pedetista alegou, nesta quarta-feira (28), na 7ª Vara Criminal, sua vontade de contribuir com a Justiça e com a sociedade cuiabana: “Eu levei anos para concertar a Câmara de Cuiabá e levaram meses para destruir tudo àquilo que foi feito”, afirmou.

Ainda no Fórum de Cuiabá, no momento da audiência de instrução e julgamento do processo movido pelo Ministério Público, Pinheiro comentou sobre seu afastamento das investigações. “A defesa pediu a exclusão do meu nome e a juíza acatou e determinou que eu não fosse depor, ordem judicial eu cumpro, e eu vou cumprir, vou tranquilamente para casa, mas eu gostaria muito de contribuir com a Justiça de Mato Grosso”, afirmou.

Conforme a denúncia do Ministério Público, João Emanuel fazia parte de um combinado para desvirtuar dinheiro da Câmara. Entre os documentos apreendidos na operação haveria a comprovação de fraude em um contrato firmado com a Gráfica Propel, de propriedade de Maksuês. Os materiais nunca teriam sido entregues, porém eram dados como recebidos. De acordo com a denúncia, as compras simuladas lançaram mão de pagamentos irregulares que alcançaram a órbita de R$ 1.141.041,20.

Ao comentar seu banimento dos autos o pedetista fez questão de explanar suas antigas contribuições às investigações. “Queria reiterar o depoimento que eu fiz ao Mistério Público e colocar com toda tranquilidade que eu já havia naquela época, que eu realmente entrei com o pedido do registro de preço, como eu fiz com a Assembleia, com o Tribunal de Contas, com o Tribunal de Justiça, Secretária Municipal de Saúde, mas até o último dia da minha gestão eu não recebi nenhum documento da Assembleia Legislativa me autorizando fazer a adesão de preço”.

O presidente da Câmara Municipal ainda concluiu sua versão: “O mundo é pequeno e da volta, eis que um dia eu volto como presidente, levanto o processo e tinha dentro processo um documento assinado pelo secretário geral da Assembleia, o deputado Mauro Savi, com data retroativa de dezembro, que eu ainda era presidente, e coloquei no meu depoimento ao Ministério Público que se houvesse qualquer documento anterior a 31 de dezembro de 2012 era falsificação, era fraude. Mas eu espero que a justiça conclua esse processo”.

A audiência desta quarta

A audiência de instrução e julgamento do processo que o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima e o ex-deputado Maksuês Leite respondem pelos crimes peculato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, que veio à tona durante a Operação Aprendiz, foi adiada por problemas durante a intimação das partes.

“De fato nós não fomos notificados pessoalmente, como reza o código do processo penal, não houve nem ao menos publicação por parte dos meus advogados para que ele pudessem acompanhar a audiência, e isso é um vício que não pode ser convalidado, desta forma a juíza, até de uma forma muito tranquila, achou por bem fazer as notificações corretas”, afirmou João Emanuel.





Fonte: Olharjurídico

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