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Economia
Sexta - 06 de Março de 2015 às 10:50

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Fundos de renda fixa com taxas de administração de até 2% ao ano rendem mais do que a poupança não importa do prazo de resgate
Fundos de renda fixa com taxas de administração de até 2% ao ano rendem mais do que a poupança não importa do prazo de resgate

A inflação oficial no Brasil está em 7,14% no acumulado de 12 meses e a taxa básica de juros, a Selic, acaba de subir para 12,75% ao ano. Neste cenário, a poupança deixa de ser um investimento atraente e outras opções surgem como mais vantajosas para o pequeno investidor. O mercado tem alternativas até para quem tem R$ 100 para guardar (veja opções abaixo).

Desde agosto de 2013, quando a Selic chegou a 9% ao ano, os rendimentos das poupanças antiga e nova foram igualados. Com a Selic maior do que 8,5%, ambas as cadernetas rendem cerca de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da TR (Taxa Referencial).

Mesmo com o benefício de não ter IR (Imposto de Renda), a caderneta perdeu a atratividade. O coordenador do curso de ciências contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina), Reginaldo Gonçalves, diz que, apesar disso, a poupança ainda é a mais segura.

De acordo com um estudo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), fundos de renda fixa com taxas de administração de até 2% ao ano rendem mais do que a poupança independentemente do prazo de resgate.

Atualmente, a poupança rende 0,6% ao mês e 7,44% ao ano (6,17% mais a TR). Assim, um investimento de R$ 10 mil vai valer, ao fim de 12 meses, R$ 10.744.

Segundo a simulação da Anefac, com a nova Selic, o mesmo valor aplicado em um fundo com taxa de administração de 2% pagaria mais ao investidor, totalizando R$ 10.796 em um ano. Já num fundo com taxa de 3% ao ano, o ganho é menor — R$ 10.693 em 12 meses.

O diretor de Estudos Econômicos da Anefac Miguel Ribeiro de Oliveira afirma que, “conforme a Selic vai subindo, a renda fixa vai ficando cada vez mais atrativa em relação à poupança, e agora está vencendo na maioria dos casos”.

Alternativas

Para o diretor da Easynvest Título Corretora, Amerson Magalhães, a alta de juros não é necessariamente uma má notícia para investidores. Segundo ele, no cenário atual, as operações pós-fixadas são as melhores alternativas, porque seguem a taxa de juros, que deve subir ainda mais.

— Para quem tem pouco dinheiro, uma opção é o Tesouro Direto. Em especial a LFT [Letras Financeiras do Tesouro]. Esse título varia com a Selic, e o investimento inicial é de R$ 100.

Magalhães lembra que esse investimento tem IR, e o investidor terá que obrigatoriamente abrir uma conta em uma corretora ou solicitar a compra do título por meio do banco em que tem conta-corrente.

— O investidor deve pesquisar as taxas de administração e outras cobranças que podem existir. Há corretoras que não cobram taxa administrativa ou de movimentação financeira da conta na empresa para a conta-corrente do cliente nos bancos.

Uma das regras do título é que só é possível fazer o resgate do valor às quartas-feiras, e o dinheiro pode ser usado para comprar outros títulos ou ser enviado para a conta-corrente no dia seguinte.

Outra opção para quem tem um pouco mais para investir são as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito Agrícola). Nestes casos, o investimento inicial é de cerca de R$ 20 mil a R$ 30 mil no mercado. Podendo chegar a R$ 3.000 em algumas corretoras.

A vantagem destes investimentos é que eles são, como a poupança, isentos de Imposto de Renda. Além disso, eles acompanham a taxa de juros. A desvantagem é que o resgate só é feito no vencimento do título.

Segundo Magalhães, o período varia de dois meses até três anos, mas pode ser renovado ao longo do período. Ele afirma ainda que quanto maior o tempo de investimento, maior será a taxa de rentabilidade.

CDB

Uma opção oferecida por muitos bancos aos clientes são os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários). Magalhães explica que eles têm tributação de Imposto de Renda e taxa de rendimento menor do que a dos Títulos do Tesouro e das LCIs e LCAs.

Para quem quer correr risco

O diretor da Easynvest diz que todas essas opções são para um investidor mais conservador. Quem quiser ter mais risco e diversificar os investimentos pode buscar por alternativas pré-fixadas.

— Nesse caso, há títulos com juros entre 13% a 13,50%, que é maior do que a Selic atual. Mas é preciso ficar com o título por, no mínimo, um ano. Em um cenário de estabilidade ou queda da Selic, essa pode ser uma alternativa interessante. Ou então, o investidor pode optar por esse título com um horizonte maior de tempo de investimento.





Fonte: Do R7

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