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Internacional
Terça - 31 de Março de 2015 às 10:21

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A comissão de especialistas que trabalha na identificação dos restos mortais do Airbus A320 que caiu nos Alpes franceses na última terça-feira informou nesta segunda-feira (30) que levará "de dois a quatro meses" para divulgar os resultados das análises.


"Nenhuma identidade será informada até que se tenha o resultado de todas as análises, e isso levará de dois a quatro meses", disse a um grupo de veículos da imprensa internacional, o coronel François Daoust, diretor do Instituto de Pesquisa Criminal da Gendarmaria da França (IRCGN, sigla em francês).

O Insituto, localizado nos arredores de Paris, está encarregado de realizar a análise das amostras recolhidas no terreno e de sua comparação com os dados fornecidos pelas famílias. Daoust ressaltou que os especialistas não podem garantir que todas as vítimas serão identificadas.
Andreas Lubitz, copiloto do avião da Germanwings apontado como responsável pela derrubada do avião, em foto de setembro de 2009, enquanto corria a meia maratona de Hamburgo

O voo da Germanwings caiu na última terça-feira (24), matando as 150 pessoas a bordo. O voo partiu de Barcelona (Espanha) e ia para Düsseldorf (Alemanha). Segundo procuradores franceses, o copiloto alemão Andreas Lubitz derrubou o avião de maneira deliberada. Nesta segunda, a promotoria de Düsseldorf informou que Lubitz passou por tratamento para tentar conter tendências suicidas no passado.

A primeira operação de recuperação dos restos humanos no local onde a aeronave caiu terminará no final desta semana, acrescentou o chefe da investigação.
Equipes de resgate trabalham no local da queda do avião da Germanwings nos Alpes franceses neste domingo. Equipes de resgate trabalham neste domingo no local da queda do avião da Germanwings nos alpes franceses

As duas semanas seguintes serão dedicadas à coleta de destroços da fuselagem, e as duas posteriores servirão para vasculhar novamente toda a área, que tem cerca de 2,5 hectares de extensão, para localizar novos restos humanos que possam ter ficado sob esse material.

Os restos permanecem no laboratório montado próximo ao terreno, que envia ao IRCGN somente uma pequena amostra da qual é possível extrair o DNA correspondente.

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Quando os especialistas do instituto conseguirem o resultado, este será relatado para seus colegas no terreno para que os mesmos possam juntar em um único saco mortuário outros restos correspondentes a essa mesma informação.

Até o momento, foram analisadas cerca de 400 amostras, com as quais foram isolados 78 DNAs diferentes, informou o coronel, que também ressaltou que a identificação completa de cada vítima requer a comparação desses dados com os oferecidos pelos familiares.

Esse último processo, detalhou Daoust, é longo e difícil, porque requer a coleta de dados médicos e dentários da vítima, a descrição da família de particularidades como tatuagens e cicatrizes, e o perfil de DNA de parentes diretos, como pais e filhos.

Os investigadores dispõem até o momento de aproximadamente 30 arquivos "ante mortem" completos, e de outros 30 nos quais ainda faltam alguns desses pontos, segundo Daoust. O diretor ainda destacou que "o tempo midiático não é igual ao científico", por isso, deve-se trabalhar corretamente e não "ceder à urgência".




Fonte: Do G1

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