CPI das Obras da Copa deseja ouvir Silval Barbosa como testemunha e não como réu: "ninguém sabe mais do que ele"
Foto: Maurício Barbant / ALMT
O presidente da CPI das Obras da Copa na Assembleia Legislativa, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), afirmou que a expectativa é de que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) seja ouvido na condição de testemunha e não de réu ou informante. “A CPI deseja informações e, ao menos em tese, ninguém sabe mais do que ele. Então é importante que tenhamos condições de ouvi-lo como testemunha, para colaborar com as investigações”, explicou o presidente da CPI, para a reportagem do Olhar Direto.
Como forma de reduzir os riscos, Oscar Bezerra tomou a decisão de adiar o depoimento de Sival Barbosa junho. “Desta forma, consideramos importante ouvir outras testemunhas, para municiar de informações que possam contribuir os trabalhos, antes do depoimento do ex-governador Silval”, afirmou Bezerra.
Já Barbosa deseja depor em qualquer outra condição, que não seja a de testemunha. A idéia da CPI é factível: falso testemunho dá cadeia. O ex-governador lembra que foi administrador dos investimentos de mobilidade urbana, na Grande Cuiabá, para as obras da Copa do Pantanal e que não haveria espaço para ser simples testemunha.
Marcando passo
A CPI do VLT tende a esclarecer dúvidas sobre o custo e qualidade das obras da Copa do Pantanal. “Ninguém vai fazer nada no ‘chute’. Contamos com assessoria técnica especializada justamente para embasar possíveis decisões políticas”, argumentou o deputado Wagner Ramos (PR), sub-relator da CPI.
Após começar a funcionar, a Comissão Parlamentar de Inquérito das Obras da Copa do Mundo instalou três sub-relatorias, para dividir os trabalhos em duas fases. Os sub-relatores Silvano Amaral (PMDB) vai analisar os 56 contratos de obras da Copa; Dilmar Dal Bosco (DEM), parte para a fiscalização e execução das obras; e Wagner Ramos (PR) se concentra na análise dos projetos.
Entre outros, também vão ser convocados os ex-secretários Maurício Guimarães e Eder Moraes Dias, da Secopa, além de técnicos e empreiteiros.
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