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Segunda - 27 de Abril de 2015 às 18:15

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Uma denúncia proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso, em 2 de março passado, relacionada à Operação Ararath, relata uma ameaça feita pelo empresário Júnior Mendonça, epicentro do esquema de lavagem de dinheiro público, contra o senador Blairo Maggi (PR), que governou o Estado por dois mandatos.


As procuradoras da República Vanessa Scarmagnani e Denise Muller Slhessarenko denunciam Éder de Moraes e os empresários do ramo de transportes Genir Martelli e Márcio Luiz Barbosa por crimes de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva (leia abaixo).

Segundo as procuradoras, a contextualização dos fatos foi feita com base em declarações prestada por Júnior Mendonça ao MPF, em 19 de novembro de 2014, e “corroborada por outros elementos de informação e meios de prova”.

De acordo com o MPF, em meados de 2010 a dívida existente no sistema "conta-corrente" do esquema já ultrapassava os R$ 20 milhões. “Razão pelo qual Júnior Mendonça passou a pressionar Blairo Maggi ‘com muita determinação’, para que a dívida fosse saldada”, diz a denúncia

Mendonça disse “pessoalmente” a Maggi que, caso a dívida não fosse quitada, “iria entregar um dossiê ao Ministério Público Federal em Mato Grosso”.

Segundo consta na denúncia, a “pressão” foi motivada porque Júnior Mendonça “constatou que Eder não seria capaz de quitar a dívida que tinha com o sistema conta-corrente, limitando-se a quitar pequenas parcelas”.

Relata o MPF: “Sabendo dos compromissos inadimplidos, Luiz Martelli (já falecido) procurou pessoalmente Júnior Mendonça para assumir todas as dívidas que haviam sido contraídas no interesse do grupo político representado por Eder Moraes, sob argumento de que possuía negócios com Blairo Maggi, vez que escoava toda a sua produção de soja”.

“Asseverou, porém, que o compromisso somente poderia ser quitado nos dois ou três anos seguintes, e que ‘não queria pagar juros altos, tendo solicitado que fossem juros iguais ou inferiores aos bancários’, diz a denúncia.

As procuradoras da República relatam que, “diante do volume da dívida, e da perspectiva de não recebimento, Júnior Mendonça aceitou as condições propostas por Luiz Martelli, pois conhecia a credibilidade do empresário perante o mercado local”.





Fonte: Midia News

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