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Nacional
Sexta - 29 de Maio de 2015 às 10:05

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (29), em Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, uma operação para desarticular um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Cerca de 400 policiais federais cumprem 90 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal do DF. Também foi feito o sequestro judicial, em Brasília, de um avião particular, turboélice, avaliado em R$ 2 milhões.


Em nota, a PF informou que as investigações da operação batizada de Acrônimo tiveram início em outubro do ano passado, quando a corporação apreendeu R$ 116 mil com três pessoas em uma aeronave particular no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, na capital federal – o mesmo avião apreendido nesta sexta-feira. O nome da operação, explicou a Polícia Federal, é uma referência ao fato de o prefixo da aeronave na qual foi localizado o dinheiro ser uma sigla formada pelas iniciais dos nomes dos familiares dos principais investigados.

Na apreensão do ano passado, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar suposta lavagem de dinheiro. Ostrês passageiros que estavam no avião particulareram Marcier Trombiere Moreira, servidor de carreira do Banco do Brasil que trabalhou, no ano passado, na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, dono de uma gráfica que também prestou serviço para a campanha do governador petista e que, em 2010, chegou a ser investigado por supostas ligações com aprodução de dossiês contra candidatos do PSDB; e um homem identificado como Pedro Medeiros.

À época, a Coligação Minas Pra Você, de Pimentel, informou que Moreira e a gráfica de Oliveira Neto foram desligados com o fim da campanha eleitoral

A investigação

A assessoria da PF ressaltou que o objetivo da operação é localizar eventuais provas que possam esclarecer a suspeita de que os valores que circulavam nas contas de pessoas físicas e jurídicas ligadas aos investigados vinham da inexecução e de sobrepreço praticados pelo grupo em contratos com órgãos públicos federais.

De acordo com a Polícia Federal, para ocultar a origem criminosa do dinheiro, os investigados usavam com frequência "laranjas" e fracionavam os valores em partes menores, manobra que é conhecida como "smurffing".

Ao longo dos oito meses de apurações, os policiais analisaram dados obtidos em notebooks, smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos apreendidos com os suspeitos que portavam os R$ 116 mil no aeroporto de Brasília. Conforme a assessoria do PF, os investigadores analisaram mais de 600 gigabytes de informações e as cruzaram com outras fontes de base e dados.

Nesta sexta, os policiais fizeram buscas em cerca de 30 endereços residenciais e 60 comerciais.





Fonte: G1

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