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Internacional
Terça - 07 de Julho de 2015 às 09:58

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Acampados nas ruas com sacos de dormir e estoque de alimentos, milhares de equatorianos se reuniram na cidade costeira de Guayaquil nesta segunda-feira (6) para a primeira missa do Papa Francisco em sua viagem de retorno à América do Sul. De acordo com a agência France Presse, 600 mil pessoas esperavam a chegada do Papa no parque Los Samanes, sob um atemperatura de 30ºC e uma umidade altíssima.


Em seu primeiro dia completo no continente durante a viagem por três países, o pontífice argentino seguiu de Quito para a segunda maior cidade do Equador, conhecida como a "capital da banana", devido à grande presença da fruta.

"Vai ser um dia muito especial, que vou compartilhar com aqueles que amo", disse Silvia Flores, médica de 43 anos esperando na rua. "Somos todos irmãos em Cristo".

Após a missa, Francisco irá a uma escola jesuíta para visitar um velho amigo que não vê há três décadas, o padre Francisco Cortes. Quando era diretor de um seminário na Argentina, Francisco, então padre Jorge Bergoglio, enviava seminaristas para estudar teologia com Cortes, espanhol de 91 anos conhecido carinhosamente como "padre Paquito".

A ida do Papa a Guayaquil tem um significado especial para o Equador, e seu presidente esquerdista, Rafael Correa, que tem sido alvo de protestos contra o governo há várias semanas.

Milhares de pessoas foram às ruas em Guayaquil e em outros lugares para protestar contra alterações fiscais e o suposto autoritarismo do Estado. Correa diz que as reformas só irão afetar os ricos e acusa seus inimigos de buscarem um golpe de Estado.

Selfies
Em suas primeiras horas no Equador Francisco já deu mostras da simplicidade e da simpatia que o tornaram famoso no mundo: deixou que tirassem 'selfies' no aeroporto, permitiu que um jornalista beijasse sua mão e saiu surpreendentemente para abençoar os fiéis que o aclamavam durante a noite nos arredores da Nunciatura Apostólica, onde se aloja, não sem antes pedir que deixassem os vizinhos dormir.

Depois de descer do avião, em Quito, Francisco recebeu um abraço do presidente equatoriano, Rafael Correa. O papa argentino avançou, em meio a saudações, por uma fileira formada por crianças indígenas, vestindo trajes tradicionais.

Cercado por Correa e pela primeira-dama, Anne Malherbe, Francisco ouviu durante vários minutos notas de uma orquestra sinfônica.

Em sua primeira mensagem, Francisco convidou Correa a incentivar "o diálogo e a participação sem exclusões" após um mês de protestos contra e a favor do governo de esquerda.

Visita a Santuário
Francisco chegou de avião e depois iniciou seu percurso de carro em direção ao Santuário do Senhor da Divina Misericórdia, nos arredores de Guayaquil, onde se reuniu brevemente com 2.000 convidados, incluindo doentes e deficientes físicos antes de ir a Los Samanes.

Aguardando nos dois lados da rua com bandeiras e chorando de emoção, milhares de pessoas saudaram a caravana. Francisco fez o percurso com a janela aberta distribuindo sorrisos e bênçãos.

Ao chegar ao santuário, o Papa brincou com os fiéis, ao afirmar: "Dou a benção a vocês. Não, não vou cobrar nada, mas peço, por favor, que rezem por mim. Prometem?", declarou.

Seu comentário provocou risadas entre as pessoas presentes no Santuário do Senhor da Divina Misericórdia.

A viagem de 8 dias pela América do Latina, que concentra a maioria dos 1,2 bilhão de católicos no mundo, também inclui visitas por Bolívia e Paraguai.





Fonte: G1

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