Julho acumula 'saldo' de 37 execuções; ação de encapuzados e crimes passionais chamam atenção

O mês de julho de 2015, acumula um ‘saldo’ de 37 assassinatos. A estatística aponta que a capital de Mato Grosso já registrou 26 execuções. A segunda maior cidade, Várzea Grande, outros onze crimes. Julho ainda possui o registro de um dos finais de semana mais violentos, com saldo de nove mortes.

O mês de julho também chama à atenção pelos crimes passionais Homens encapuzados também são responsáveis por uma série de crimes, normalmente em bairros da periferia, a exemplo de Everton de Souza Figueiredo, de 32 anos. Ele foi morto no bairro Aurilia Sales Curvo, em Várzea Grande. O crime foi cometido na noite de segunda-feira, dia 27 de julho. Treze capsulas de pistola 9 milímetros foram encontradas pela perícia criminal no local do crime. Um homem encapuzado, que desceu de um carro escuro, teria sido responsável pelos disparos.

Nessa semana, 27, o jardineiro Narciso Soares de Pinho, de 52 anos, matou com 17 facadas a ex-mulher, Jaci Benedita Almeida, de 37 anos. Após 23 anos e, cansada da violência dele, Jaci queria a separação, mas Narciso não aceitava.

Apenas oito dias antes de morrer, Jacia havia denunciado à polícia ser vítima de agressões. A mulher foi morta quando carregava o filho caçula do casal, de apenas quatro anos. Após o assassinato, Narciso se matou.

No dia 2 de julho, Oriel Lopes da Silva, de 43 anos, matou a esposa Alice Maria de Almeida, de 48 anos, e se matou na sequência no bairro Sucuri. Testemunhas relataram que Oriel era um homem extremamente possessivo. O casal tinha três filhos, sendo um deles, uma garota de apenas 13 anos, encontrou os corpos dos mesmos.

Ainda neste mês, o bairro Pedra 90, registrou três execuções em um período inferior há 72 horas. Nenhum suspeito foi preso pelas mortes de Edson Ferreira do Nascimento ou de Fernando Marques, de 37 anos ou de um homem identificado apenas como ‘Primo’.

Em recente entrevista ao Olhar Direto, o secretário adjunto de segurança pública Fábio Galindo afirmou que a estratégia de trabalho para área de segurança pública tem como premissa o intercâmbio de informações combinado com a atuação conjunta das Polícias Militar e Judiciária Civil (PJC). Disse ainda que esse novo formato da segurança está em fase de implantação em Mato Grosso. E é a atuação integrada das forças do Estado, em 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs), que fazem o diferencial. (Colaborou Ronaldo Pacheco)