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Terça - 04 de Agosto de 2015 às 13:47

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Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Riva diz que alertou que o Estado não tinha condições de fiscalizar obra do VLT

O ex-deputado estadual José Riva (PSD) afirma que havia alertado sobre os problemas que poderiam haver na fiscalização da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), devido à falta de experiência do governo e dos órgãos fiscalizadores de Mato Grosso com obras desse tipo. Em entrevista ao Olhar Direto, ele analisou que os problemas encontrados na obra do modal de transporte podem ser fruto também de um acompanhamento inadequado.



“Não vi as obras recentemente e não posso falar sobre a eventual falta de qualidade delas. Mas posso afiançar uma coisa: isso comprova que eu estava certo quando disse que a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas (TCE) e o Estado não têm know how para fiscalizar uma obra dessa envergadura. Eu sugeri contratar alguém terceirizado que conheça de VLT, sem importar o quanto custasse, porque valeria a pena. Alguém que conhecesse de VLT iria nos alertar dos problemas. Mas a Assembleia não aprovou essa contratação. O deputado Romoaldo Jr. (PMDB) e outros que foram contra devem estar arrependidos”, disse.

A obra do VLT, que foi licitada pelo valor de R$ 1,47 bilhão para o consórcio VLT Cuiabá, é gerenciada pelo consórcio Planservi-Sondotécnica ao custo de R$ 47 milhões. A gerenciadora afirma que fez 570 notificações de problemas encontrados ao consórcio construtor para que as falhas nas obras fossem corrigidas. Atualmente, as obras estão paradas devido a um impasse entre o Governo do Estado e o consórcio VLT Cuiabá, e o caso está na Justiça. Além disso, algumas obras de arte do pacote do VLT apresentaram problemas estruturais, como os viadutos da Sefaz e o da UFMT.

José Riva, que é considerado o “pai do VLT”, por ter encabeçado o movimento que levou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a substituir o modal anteriormente escolhido, o Bus Rapid Transit (BRT), diz que ainda torce para que a obra fique pronta. “Seria uma pena o VLT não ficar pronto. A cidade merece o VLT. Eu lutei muito pelo que eu achei que era o melhor. Não posso responder pelos desmandos que tenham porventura acontecido. Eu continuo com a convicção que o VLT é o melhor transporte de massas para Cuiabá”, concluiu.

José Riva concedeu a entrevista ao Olhar Direto na semana passada, menos de um mês após deixar a cadeia. Ele foi preso duas vezes este ano, por decisão da juíza Selma Rosane de Arruda, em operações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Pela Operação Imperador, que investiga um suposto desvio de R$ 62 milhões do Poder Legislativo, ele passou 123 dias no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Pela Operação Ventríloquo, que investiga a suspeita de desvio de R$ 10 milhões na Assembleia Legislativa, ele passou mais 30 horas preso. Nas duas vezes, Riva foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). 





Fonte: Olhar Direto

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