Justiça condena quatro índios a 47 anos de prisão por matar trabalhador a pauladas em MT
O Tribunal de Júri de Canarana condenou por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, quatro índios da etnia Kayabi da região do Alto Xingu, responsável pela morte de um trabalhador braçal, na saída de uma festa de peão. O crime foi cometido ainda em 2004. O júri foi presidido pelo juiz Alexandre Ceroy.
Os índios confessaram o crime e disseram que cometeram o ato bárbaro porque a vítima os teriam xingados durante a festividade. Além disso, a vítima havia dito que não gostava de índios pelo fato de um parente ter sido assassinado por Xavantes.
No processo consta que os assassinos teriam tido que eram de outra etnia e não Xavantes. Mesmo assim a vítima teria continuado as ofensas. Com isso, os índios cercaram a vítima na saída da festa e desferiram vários golpes de madeira na cabeça.
Em seguida, os indígenas recolheram o corpo e jogaram na mata de uma chácara localizada ao lado da exposição. Para o magistrado somente um deles não teria participado da ocultação do cadáver. A pena sentenciada pelo júri aos três chega a soma de 47,7 anos de prisão, além de 31 dias-multa. Eles podem recorrer em liberdade.
O julgamento dos indígenas foi feito pela justiça estadual, uma vez que o assunto trata apenas de integrantes de uma etnia, sem relação de interesses dos povos indígenas como um todo. Caso contrário o julgamento partiria para justiça federal.
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