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Policia MT
Terça - 01 de Setembro de 2015 às 18:09

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Três sítios da Gleba Santo Expedito e a casa de um dos assentados foram queimadas na madrugada desta terça-feira (01), por volta das 2h, no município de Cláudia. As informações foram repassadas ao Nortão Notícias pelo presidente da Associação de Trabalhadores da Gleba Santo Expedito, Paulo Ségio.


“Quero chamar a atenção das autoridades para que olhassem com outros olhos para Gleba Santo Expedito, pois por volta das 2h de hoje colocaram fogo em três sítios e em um deles colocaram fogo na casa. O assentado não estava no momento”, relatou o presidente, acrescentando que o fogo foi colocado à mando de fazendeiros.

Ele contou ainda que nas propriedades atingidas encontrou marcas no chão de pessoas que chegaram de moto e andaram a pé. “Tinha uma marca de botina e outra de tênis. Eles usaram duas motos, uma com ‘os pneus cravudos’ e outra lisos”, comentou.

A secretária da associação, Andréia, disse que levantou na madrugada com os latidos dos cachorros, como se estivesse acuando alguém. “A minha casa é a mais próxima da estrada. Por volta das 1h30, 2h, meus cachorros começaram a latir e acuar. Meu marido levantou e soltou eles. Pensamos que fosse algum animal do mato, mas pouco depois ouvimos estalos, meu marido saiu e viu o incêndio” descreveu.

Luta Judicial

Ségio disse que desde o ano de 2006 a gleba possui uma luta judicial com uma madeireira do município. “A gente tem uma luta com a madeireira desde 2006 e dizem que os donos [da madeireira] moram em Santa Catarina. Mas em 2014 o ex-prefeito Vilmar Gianchini [PMDB] apareceu com uma procuração dizendo ser dono da madeireira”.

Desde então os moradores relatam serem aterrorizados com rondas de supostos pistoleiros durante a madrugada e atentado contra a vida dos assentados. Andreia mora na gleba há cinco anos. Ela conta que sempre é alvo de pessoas estranhas.

“Meus filhos estudam no Zumbi dos Palmeires, então eu levo eles até um trecho da estrada, onde pegam o ônibus para ir à escola. A minha maior preocupação é o que encontro nesta estrada. Direto tem caminhonete estranha jogando para cima de mim tentando tirar da estrada”, denunciou.

Como tentativa de evitar que algo de pior aconteça, Paulo Sérgio disse que já procurou ao Ministério Público e a Polícia Civil, mas não obteve respostas. “Já pedir também para o Intermat vir aqui fazer uma vistoria e se posicionar sobre o caso. Marcaram a data, mas não compareceram”, falou.

Segundo ele a área já foi arrecada e pertence ao Estado de Mato Grosso. A gleba tem posto de saúde, construído com recursos da associação e ônibus escolares para fazer o transporte das crianças. “A Casa Civil determinou que ficássemos com a área”.





Fonte: Nortão Noticias

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