Repórter News - www.reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 03 de Setembro de 2015 às 09:58

    Imprimir


O Conselho Superior do Ministério Público Federal prorrogou por mais 90 dias a força-tarefa criada para auxiliar nas investigações oriundas da Operação Ararath. A medida foi autorizada pelo procurador-geral da república, Rodrigo Janot. 


Esta é a sexta prorrogação da força-tarefa, que teve início em junho do ano passado. Diante disso, os trabalhos devem se estender até dezembro deste ano.

O fato se justifica no grande volume de documentos a serem analisados. O grupo, composto por três procuradores federais, foi criado para depurar as informações contidas nos volumes apreendidos nos mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça.

A operação Ararath foi baseada em investigações iniciadas em 2011, com a finalidade de apurar a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro. O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, segundo a Polícia Federal.

Os crimes integrariam um esquema complexo que teria servido aos interesses de políticos do primeiro escalão em Mato Grosso ao longo de anos e movimentado cerca de R$ 500 milhões. Até o momento já foram ajuizadas sete ações penais na Justiça Federal decorrentes das investigações da Operação Ararath, onde 14 pessoas foram denunciadas. Nenhuma delas chegou à decisão ainda.

Ao todo, foram bloqueados R$ 128 milhões dos denunciados. Hoje, estão em andamento 15 inquéritos com cerca de 70 pessoas físicas e jurídicas na "mira" dos procuradores.

O ex-secretário de Estado Eder Moraes (PHS) é réu em todas as ações propostas até o momento. O empresário coopera com o MPF e com a PF fornecendo informações por meio da delação premiada.

Além dele e de Eder, também responde na Justiça o ex-deputado José Riva (PSD). Empresas também são investigadas. Segundo as investigações, o empresário Mendonça seria responsável por manter um “banco clandestino” a serviço de investigados como o ex-governador Silval Barbosa e o ex-deputado José Riva.

A operação já teve sete fases. A primeira foi deflagrada em 12 de novembro de 2013. A segunda, no dia 25 de novembro e a terceira no dia 16 de dezembro do mesmo ano.

A quarta fase da Ararath, por sua vez, ocorreu no dia 19 de fevereiro do ano passado, enquanto a quinta ocorreu no dia 20 de maio. Na ocasião, foram presos José Riva (PSD) e o ex-secretário estadual de Fazenda, Eder Moraes.

Em abril deste ano foi deflagrada a 7ª fase da operação, que se deu em decorrência da descoberta de que investigados realizaram operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado, e que foram adquiridos veículos de alto padrão, sempre em nome de terceiros (laranjas), com o notório intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens.





Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/418002/visualizar/