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Segunda - 25 de Abril de 2016 às 14:46
Por: Laíse Lucatelli - Olhar Direto

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O filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Rodrigo Barbosa (PMDB), foi preso na quarta fase da Operação Sodoma, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), na manhã desta segunda-feira (25). Rodrigo Barbosa teve o mandado de prisão preventiva cumprido, nesta segunda-feira (25.04), em um escritório de comunicação, no Centro Empresarial Paiaguas, na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá. O local também foi alvo de busca e apreensão, assim como a casa dele.


Silval já está preso há sete meses no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), no bairro Carumbé, quando foi deflagrada a primeira fase da Sodoma, que investigou fraudes e cobrança de propina na concessão de incentivos fiscais. Novas fases da Sodoma apontaram um suposto esquema organizado de cobrança de propina em diversos contratos do governo estadual.

A cobrança mensal de propina foi revelada pelo empresário Willians Paulo Mischur, dono da Consignum. Posteriormente, o ex-secretário de Administração (SAD) César Zilio, que chegou a ser preso na operação, afirmou em sua delação premiada que a cobrança era realizada de forma sistemática em diversos contratos do governo. Rodrigo já atuou como secretário geral do PMDB.

A operação Sodoma, que deu origem fases 2 e 3, iniciou com investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.

14h24- Rdrigo será levado para o Centro de Custódia de Cuiabá, unidade prisional que abriga seu pai, Silval Barbosa, desde o dia 17 de setembro de 2015.

14h01 - O ex-governador Silval Barbosa foi apontado como chefe do esquema criminoso montado para desviar recursos do erário público, com a finalidade de pagar despesas de campanha política de sua reeleição e angariar recursos decorrentes do pagamento de propina, de acordo com a Polícia Civil. A execução de tarefas específicas foi determinada a pessoas de sua extrema confiança, com acesso direto ao palácio do Governo, entre elas Marcel Souza de Cursi, inicialmente como secretário adjunto de Receita Pública e posteriormente nomeado como secretário de Fazenda.

Entenda as fases:

Primeira Fase - Na primeira fase da operação Sodoma oito membros da organização foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil e sete deles denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os envolvidos responderão por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os indiciados e denunciados estão o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi, e seguem presos por ordem da Justiça.

Segunda Fase - A segunda fase da operação Sodoma, ocorrida em 11 de março de 2016, cumpriu 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva. Membros da organização criminosa foram investigados quanto a utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro.

Tiveram mandados de prisão cumpridos os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), ambos presos na primeira fase; o ex-secretário César Roberto Zílio (Administração); o empresário Willian Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretada e e depois expedida ordem de prisão.

Terceira Fase - A terceira fase da operação Sodoma foi deflagrada no dia 22 de março e teve como alvo novamente o ex-governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, e também o ex-secretário de administração, Pedro Elias Domingos de Mello e o ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa de Araújo. Um mandado de busca e apreensão domiciliar foi cumprido em desfavor de Pedro Elias. A terceira fase da operação Sodoma foi consequência da Sodoma 2 que apura a suspeita de pagamentos de propina em contratos celebrados com o governo do Estado na gestão de 2010 a 2014.

13h58 - O delegado Lindomar Tofoli, titular da investigação, informou que Rodrigo é investigado por envolvimento em crime de corrupção e ligação com a organização criminosa chefiada por seu pai, Silval Barbosa. Ele também teria recebido propina no governo Silval Barbosa. O mandado de prisão e as duas buscas e apreensão foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

13h45 - O delegado Lindomar Tófoli, titular da Defaz, informou ao Olhar Direto que trata-se de continuidade da investigações anteriores. Até o momento foram desencadeadas três fases da Sodoma. Na primeira, Silval foi preso acusado de integrar esquema de fraudes na concessão de incentivos, no valor de R$ 2,6 milhões. Na segunda, a ocultação de dinheiro proveniente de esquema de lavagem por meio da aquisição de um terreno de R$ 13 milhões. Já a terceira fase, apurou-se um esquema de pagamento de propinas estimado em mais de R$ 24 milhões.

13h11 - O advogado de Rodrigo e Silval, Valber Mello, ainda das denúncias e que irá se informar sobre as investigações

13h10 - Rodrigo chegou a sede da Defaz e preferiu não tecer declarações.

12h10 - Nesta manhã ainda estão sendo cumpridas ordens judiciais de busca e apreensão na casa mandados de buscas no escritório de Rodrigo, no Centro Empresarial Paiaguás, que ainda não foi encaminhado para sede da Defaz. 





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