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Quinta - 28 de Julho de 2016 às 08:13
Por: Mariana Peres - Diário de Cuiabá

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Resultado positivo não se via desde abril. Foram três meses seguidos com mais demissões do que contratações
Resultado positivo não se via desde abril. Foram três meses seguidos com mais demissões do que contratações

Mato Grosso fechou o mês de junho como o terceiro maior empregador do país ao gerar 2.589 novas vagas de trabalho formal, aquelas com carteira assinada. Mais de 82% das novas frentes foram geradas no campo, com a agropecuária (+2.135 postos), seguido da indústria de transformação que adicionou mais 451 novas frentes. Depois de três meses seguidos acumulando mais demissões do que contratações, Mato Grosso encerra o período com saldo positivo, atrás apenas do registrado nos estados Minas Gerais (+4.567), Goiás (+3.369), que também tiveram o nível de empregos impulsionado pela agropecuária. 


O saldo positivo de 2.589 novas vagas criadas no mês passado é resultado da movimentação registrada entre os 30.349 admitidos contra os 27.760 demitidos, o que gerou um resultado positivo no nível de empregabilidade no Estado, índice que não se via desde abril, quando o volume de demissões ao final do mês vinha superando as contratações.

A criação de 2.589 frentes de trabalho, mesmo sendo um número positivo ao Estado, é o menor saldo para os meses de junho desde 2007 e é 28% menor do que o saldo de vagas geradas em junho de 2015, que foi de 3.602. De acordo com uma fonte do MTE, em Brasília, a retomada da atividade no campo, com a colheita da segunda safra, e da movimentação das indústrias, tiraram Mato Grosso de um desempenho ruim para uma posição de destaque no ranking nacional da geração de empregos. “O saldo {de novas vagas} pode ser menor em relação a junho do ano passado, mas os números mostram que Mato Grosso saiu de uma repetida posição de demissor para estar entre os maiores empregadores do país. O desemprego no país ainda assusta, mas está perdendo a força, o otimismo está sendo recuperado, os investimentos estão sendo revistos e recolocados em práticas e pouco a pouco o contexto será melhorado”.

Conforme dados Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, somente oito estados tiveram resultado positivo no mês de junho. O país encerrou o mês com o corte de 91.032 vagas de empregos formais, resultado que mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho.

Em Mato Grosso, a reação após três meses de demissões maiores que as contratações veio do campo com a intensificação da colheita das segundas safras de milho e algodão, culturas, que assim como a soja, o Estado é líder nacional em produção. O resultado fica impresso nas cidades que lideram as contratações no período. Os municípios que mais empregaram em junho, em Mato Grosso, na ordem, foram: Primavera do Leste, Sorriso, Sinop, Nova Mutum e Barra do Bugres, todos essencialmente agrícolas, voltados à produção de grãos e fibras, com exceção de Barra do Bugres, que cultiva muita cana-de-açúcar, mas exige bastante mão de obra e também está em plena safra.

ACUMULADO – De janeiro a junho, Mato Grosso gerou apenas 5.730 novas vagas, é o pior acumulado para o primeiro semestre da série histórica do Caged estadual desde o início do levantamento, em 2003. No ano passado, por exemplo, os seis primeiros meses finalizaram com um estoque de novas frentes de trabalho de 9.118 e o recorde foi em 2012, quando nesse mesmo período o Estado havia gerado 36.851 novas vagas formais.

BRASIL - O emprego formal teve resultado positivo somente em oito unidades da Federação em junho. Foram elas: Minas Gerais (4.567), Goiás (3.369), Mato Grosso (2.589), Acre (191), Piauí (101), Amapá (54), Mato Grosso do Sul (35) e Maranhão (17). A maior queda no nível de emprego formal foi registrada em São Paulo (-29.915), influenciada pela queda de postos de trabalho na Construção Civil (-8.447) e no Comércio Varejista (-5.561). Houve também perda de vagas no Rio de Janeiro (-15.748) e Rio Grande do Sul (-10.340).

Mesmo com o corte de pouco mais de 91 mil postos de trabalho, o Ministério do Trabalho destaca que o resultado melhorou em relação a junho de 2015, quando foram fechados 111.199 postos formais. No acumulado deste ano, o Caged contabiliza 531.765 vagas fechadas e, nos últimos 12 meses, o saldo chega a 1,76 milhão de postos com carteira assinada a menos.

O setor de serviços registrou a maior queda de vagas formais em junho deste ano, com fechamento de 42.678 postos de trabalho. O setor inclui a atividade bancária, transportes, comunicações, ensino

A indústria da transformação teve a segunda maior perda de postos, com fechamento de 31.102 vagas. A construção civil fechou 28.149 vagas e o comércio, 26.787 postos.

As únicas atividades com novas vagas abertas foram a agricultura e a administração pública. A primeira abriu 38.630 postos em junho e a segunda, 790 vagas.

Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho. 





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