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Cidades/Geral
Segunda - 05 de Dezembro de 2016 às 08:21
Por: Paulo Victor Fanaia Teixeira/Olhar Direto

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A juíza Maria Aparecida Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou liberdade a Azir Pedroso de Arruda, e Wender Roger Ferreira de Arruda, respectivamente, pai e filho, acusados de assassinarem Maurício Dias de Amorim, de 52 anos, no bairro do Porto, na Capital, no dia 1º de outubro deste ano. Eles cumprem prisão temporária desde 17 de outubro, para garantir o fim da fase de instrução da ação penal que será aberta em decorrência do crime de homicídio qualificado.

Segundo relatos policiais, o crime se deu nas proximidades de um campo de futebol do bairro do Porto, após desentendimento por apostas de jogo de baralho. Os acusados espancaram a vítima e depois atiraram em sua cabeça.

Em sua decisão, a magistrada lembra que os suspeitos, segundo consta dos presentes, evadiram-se do local para evitar responsabilização penal pelo ato criminoso. “Dessa forma, a despeito dos argumentos expendidos pelo causídico, concluo que devem ser mantidas as medidas coercitivas, porquanto nenhum fato novo ocorreu capazes de desconstituir os motivos que a justificaram”, consta da decisão.



“Indubitável, assim, a necessidade da manutenção de suas custódias, a fim de agilizar os trabalhos da polícia, especialmente para o reconhecimento pessoal e diligências faltantes, evitando interferência ou interrupções”, acrescentou o juízo.


Garante, por outro lado que, “poderá haver mudança de posicionamento com o avanço das investigações, o esclarecimento dos fatos e a juntada de novos documentos ou mesmo pedido de soltura por parte da autoridade policial”, uma vez que prisão preventiva não significa culpa e não afeta o princípio de inocência do suspeito.


Entenda o crime:

O crime que vitimou Maurício aconteceu na véspera das eleições municipais, no sábado (01). O homem foi atingido com disparos de arma de fogo (calibre 38), vindo a óbito durante a madrugada após atendimento médico no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Detidos nesta sexta-feira, os envolvidos confessaram a autoria do crime.



Ao delegado Antônio Carlos Araújo, eles disseram que a vítima estaria com uma faca. No entanto, a versão esta em dissonância ao depoimento de uma testemunha ocular do fato que apontou que a vítima estaria desarmada. Os dois tiveram prisão temporária (30 dias) decretada e cumprida hoje.



Azir teria se desentendido com um homem de nome Michel referente ao valor do dinheiro que devia a ele após perder algumas partidas de jogos de baralho (cerca de R$ 35 reais). Os dois chegaram às vias de fato, sendo contidos pela vítima (Maurício), que, segundo testemunhas, interferiu na discussão com o objetivo de cessar a desavença.



No entanto, Azir não teria gostado da interferência de Maurício e o clima tenso teria se acirrado entre ambos. Azir possivelmente teria ligado para o filho, Wender, para que viesse em sua defesa e em desfavor de seu recém-desafeto.



Afastado fisicamente por populares, horas depois da discussão Maurício se preparava junto a outros comerciantes para ir embora do local - onde comercializava comida aos frequentadores -, quando foi surpreendido por Wender (acompanhado do pai, Azir) que teria desferido golpes de madeira em seu corpo e, em seguida, efetuado disparos de arma fogo em sua direção, vindo a atingir a região da cabeça.



“Esta representação visa impedir que os agentes soltos continuem a delinquir e servem ainda, com o fito de acautelar o meio social”, explica o delegado. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência dos dois.





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