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Internacional
Quarta - 08 de Março de 2017 às 08:29
Por: Beatriz Magalhães/Veja.com

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Organizações de diversos países do mundo estão se preparando nesta quarta-feira para o movimento “um dia sem mulheres”. A iniciativa pretende mobilizar uma greve geral feminina: mulheres deixarão de praticar suas atividades profissionais, domésticas e sociais durante o Dia Internacional da Mulher.

“Nosso objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre o retrocesso nos direitos das mulheres, e pressionem os governos para que tomem as devidas medidas”, disse ao site de VEJA Klementyna Suchanow, a organizadora do movimento International Women’s Strike – IWS (Greve internacional das mulheres, em inglês), composto por mulheres e coletivos feministas como Ni una menos, da Argentina, e o World March of Women (Marcha mundial das mulheres), dos Estados Unidos.

“Também queremos construir um senso de solidariedade entre as mulheres e transmitir o sentimento de que elas não estão sozinhas com seus problemas”, acrescentou.

Klementyna disse que quem não puder aderir à greve programada para acontecer em 51 países pode, por exemplo, programar uma pausa de uma hora no trabalho, além de boicotar empresas e estabelecimentos que fazem publicidade sexista. Cada região terá uma cor para demonstrar apoio ao movimento: a América Latina usará violeta, os Estados Unidos vestirão vermelho e a Europa, a cor preta.

Origem

O IWS é inspirado em protestos feministas de outubro de 2016. O principal deles, intitulado “segunda-feira negra”, ocorreu na Polônia, onde mulheres organizaram uma greve de 24 horas contra o projeto de lei que tentava introduzir a penalização do aborto. A princípio banalizado pelas autoridades, o movimento ganhou força e a lei acabou rejeitada pelo parlamento polonês.

Após o evento, as organizadoras da “segunda-feira negra” resolveram se associar a movimentos feministas de outros países para promover uma ação conjunta – daí a greve no dia 08 de março de 2017, sob o lema “Solidariedade é a nossa arma”. A ideia do “dia sem mulheres” conta também com o apoio das participantes da “Marcha das Mulheres” contra o presidente Donald Trump, movimento que levou milhares de pessoas às ruas de Washington, em janeiro deste ano.





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