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Meio Ambiente
Sexta - 05 de Maio de 2017 às 14:33
Por: Keka Werneck/Gazeta Digital

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A onça parda que está sendo procurada há pelo menos duas semanas na zona urbana na região em Santo Antônio do Leverger (34 Km ao Sul de Cuiabá) voltou a atacar para comer.


O tenente coronel Rodrigo Eduardo Costa, comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, assegura que o risco para humanos é mínimo.Abateu quatro ovelhas e galinhas em fundos de quintais de residências na região atrás do Hospital Municipal de Leverger, na saída da cidade pantaneira. A onça também é típica do Pantanal.

"A onça parda é menor que a pintada então ela vai abater animais de porte parecido, como cachorro, ovelha e aves", diz o militar, afirmando que conversou com biólogos sobre isso.

"É preciso cuidado para não gerar uma caçada ou vão acabar matando a onça e a nossa ideia, o nosso trabalho, é o contrário disso, queremos capturá-la e levá-la para um local adequado", explica o tenente coronel Eduardo.

Equipe ambiental chegou a instalar armadilhas para resgatá-la. Uma espécie de caixa gradeada, que fecha mediante o movimento do animal dentro dela.

No entanto, a onça é esperta, sente cheiro e perceber aproximações. Vem escapando.

Ainda não é certeza se está com filhotes ou não, no entanto, diversos moradores já visualizaram a fêmea sozinha.

Batalhão Ambiental explica que uma onça não age movida por sentimentos humanos como ódio e raiva e que ela ataca somente para se alimentar, por instinto de sobreviência.

Ressalta que animais, como este, saem do habitat natural para se alimentar por conta da degradação ambiental que desequilibra os escossistemas e comida escasseia. Sendo assim, ao invés de agressores, devem ser vistos como vítimas.

Para explicar o trabalho que o batalhão faz, Eduardo cita um caso de uma anta que foi atropelada na quarta-feira (3) em Rondonópolis. O animal, de 140 quilos, multifraturado foi estabilizado mas na cidade não havia especialista na espécie. Então foi trazido para Cuiabá, ontem tem atendimento especializado tanto na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) quanto na Universidade de Cuiabá (Unic). As duas instituições atuam em parceria com o Batalhão Ambiental.

Nessa intenção de resgatar animais desgarrados do habitat natural e dar uma chance de vida a eles, o Batalhão Ambiental está cuidando de dois filhotes de onça parda e pintada, com a intenção de levá-las assim que possível de volta à natureza.

"Um filhote foi encontrado muito debilitado em Paranatinga e o outro na natureza, mas sem a mãe, em Querência", explica o tenente coronel Eduardo.

Amante dos bichos, ele fala na importância de respeitá-los.

"O ser humano não consegue viver sem o meio ambiente e esses animais fazem parte de toda uma cadeia ambiental, de todo um ecossistema, e a gente não pode destrui-lo, senão seremos destruidos também", avisa.





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