Barriga de aluguel tem 26 nomes que incluem 2 políticos e filha de Arcanjo
A lista de números grampeados ilegalmente em Mato Grosso mostra que 26 pessoas foram interceptadas de forma clandestina por policiais militares, supostamente ligados ao ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, exonerado na última quinta (11). Além da deputada estadual Janaina Riva (PMDB), do jornalista José Marcondes, o Muvuca, e do advogado José Patrocínio, consta na lista Kely Arcanjo Ribeiro Zen e do desembargador aposentado José Ferreira Leite nas interceptações feitas no sistema “barriga de aluguel”, em investigação sobre tráfico de entorpecentes em Cáceres.
O site O Livre publicou a lista dos interceptados clandestinamente, com reportagem assinada pela jornalista Gabriele Schimanoski.
Filha do contraventor João Arcanjo Ribeiro, preso na Operação Arca de Noé sob a acusação de chefiar o crime organizado no Estado, Kely foi interceptada em junho de 2015. No período, Pedro Taques (PSDB), que era procurador da República e ajudou a desbaratar o esquema criminoso liderado pelo pai da interceptada, já era governador.
O desembargador aposentado José Ferreira Leite foi alvo das escutas em agosto de 2015. O secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, vereador licenciado Vinicyus Hugueney (PP), também está entre os interceptados ilegalmente. A lista ainda inclui uma assessora do vereador Adevair Cabral (PSDB).
O advogado e assessor do desembargador Marcos Machado, Batilde Jorge Moraes Abdalla, também está entre os grampeados. Um professora e duas servidoras públicas de Mato Grosso do Sul foram interceptadas no sistema clandestino.
Ainda foram alvos das escutas clandestinas o assessor do deputado estadual Wagner Ramos (PSD), Eduardo Gomes Silva Filho, a jornalista Larissa Malheiros, e o assessor especial da secretaria estadual de Educação (Seduc) Romeu Rodrigues da Silva. Além deles, servidores públicos, incluindo o assessor do vice-governador Kembelle Amilkar de Oliveira, quatro médicos e ainda Elisângela Medeiros de Oliveira, também estão na lista.
A empresária Tatiane Sangalli é outro alvo das interceptações clandestinas. O nome aparece na lista em três meses distintos.
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