Dia D - Mutirão Nacional entra no 4º dia no Hospital Júlio Müller

Aproximadamente 250 pacientes já foram atendidos de sábado (28) até o fim da tarde desta quarta-feira (31.05) no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh) durante o 2º Mutirão da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que está sendo realizado simultaneamente em 39 hospitais universitários de todo o país, filiados a estatal do Ministério da Educação (MEC).

Dona Regina Maria Costa Cáceres esperava pelo Raio-X de tórax desde dezembro de 2016. A aposentada ficou feliz ao saber que era uma das pessoas chamadas para fazer o exame por causa do mutirão. “Tomará que venha para ficar essa ideia”, brinca Regina, torcendo para novas edições do evento. Cecília Domingos, moradora de Acorizal, a 64 quilômetros de Cuiabá, foi chamada para fazer uma mamografia na véspera do exame. “Recebi a notícia ontem e vim correndo, pois preciso fazer o acompanhamento do nódulo e estava esperando desde janeiro”, conta a dona de casa.

A escolha dos procedimentos oferecidos durante o mutirão foi feita baseada na capacidade do Hospital e na necessidade da Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde com relação a demanda do SUS. “O mutirão não zera a fila do SUS, mas traz um alívio para a população que aguarda há mais tempo pelos procedimentos”, explica o superintendente do Hospital, professor Hildevaldo Monteiro Fortes.

“O agendamento de tantos pacientes nesta semana só foi possível através da parceira com a Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. São consultas e exames de pessoas que aguardavam há algum tempo na fila do SUS”, revela a chefe do Setor de Regulação e Avaliação em Saúde, Juscileide Barbosa Morgan.

A Central ampliou o número de pacientes encaminhados para o HUJM, que tem um convênio com o município para realizar uma quantia menor de procedimentos por mês. Através do mutirão, alguns procedimentos tiveram acréscimo de mais de 570% (biopsia de tireoide) no que estava previsto (contratualizado) para o mês de maio. Os 350 exames de mamografia, por exemplo, representam um aumento de 230% no que seria feito este mês.

“Existe uma demanda reprimida desses exames e o mutirão dá uma boa ajudada”, afirma a coordenadora de Regulação e Urgência e Emergência da Central de Regulação da SMS, Kety Preza Nogueira, ressaltando que a órgão é parceiro dessas iniciativas que auxiliam no atendimento à população.

Dia Mundial da Luta contra o Tabaco

O combate ao tabagismo fez parte da programação do evento. “O tabagismo é um tema de saúde pública. As ações de alerta são importante”, ressalta Maria Conceição Villa, chefe da Unidade e-Saúde e responsável por organizar uma web aula disponível para os usuários na recepção central do hospital. O Tele-educa é uma das atividades desenvolvidas pelo Telessaúde em Mato Grosso, realizado em parceria com o Governo do Estado.

Além dos exames e consultas, a equipe da Gerência de Ensino e Pesquisa preparou diversas atividades de educação em saúde sobre hipertensão, tabagismo, doenças sexualmente transmissíveis, lesões de pele, direitos sociais das gestantes, dentre outros.

Trabalhadores do Hospital

Os trabalhadores do HUJM foram lembrados durante o 2º Mutirão Nacional da Rede Ebserh. Nesta quarta-feira (31), Dia D do evento que começou no sábado (28) no HUJM, foram organizadas atividades direcionadas aos colaboradores. No espaço conhecido como Sala de Vidro, nas dependências do prédio central, profissionais da área da saúde e demais serviço puderam compartilhar informações e tirar dúvidas sobre a vigilância e segurança do paciente, a administração de pessoal, o Aplicativo de Gestão de Hospitais Universitários (AGHU), dentre outros.

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) promoveu a campanha de higienização das mãos, com o objetivo de alertar aos trabalhadores sobre a importância de manter as mãos limpas para evitar a transmissão de bactérias. “Orientamos os profissionais sobre os momentos adequados da higienização das mãos, prevenindo a transmissão de micro-organismos dentro do hospital”, ressaltou a enfermeira Flavia Mineo, da SCIH.