Polícia descobre rinha de galo durante operação que apura desvio da ALMT e apreende 19 aves em Cuiabá Residência em Cuiabá era frequentada por um dos investigados na operação Convescote, do Gaeco. Polícia apreendeu 19 galos e caseiro foi multado em R$ 57 mil.
A Polícia Militar de Proteção Ambiental apreendeu 19 galos em uma casa usada para o treino de briga de galos (rinha), em Cuiabá, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Convescote, deflagrada na terça-feira (20) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Os animais foram encontrados em uma casa no Bairro Jardim Imperial II, que era frequentada por um dos investigados, Cláudio Roberto Borges Sassioto, funcionário do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e um dos presos preventivamente durante a operação. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa que desviou R$ 3 milhões dos cofres públicos. O G1 não conseguiu localizar a defesa do investigado.
Segundo a polícia, os animais foram encontrados na residência com as esporas cortadas. Além disso, o local ainda contava com 25 gaiolas de ferro e uma arena, utilizada para o treino e rinha de galo, medicamentos, entre outros materiais utilizados para manter a atividade que fere a Lei de Crimes Ambientais.
Os materiais utilizados para a rinha de galo foram apreendidos e entregues no depósito da Delegacia Especializada de Meio de Ambiente (Dema), no Bairro Carumbé, na capital. O caseiro do local foi conduzido para a Dema, sendo autuado e multado em R$ 57 mil. Ele deverá responder pelo crime de maus tratos de animais, segundo a polícia.
Operação Convescote
A operação do Gaeco apura desvios de dinheiro público em convênios celebrados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp) e instituições públicas como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Prefeitura de Rondonópolis e a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). Segundo o MP, os contratos investigados somam mais de R$ 70 milhões.
O esquema funcionava a partir da celebração dos convênios entre as instituições públicas com a Faesp para prestação de serviços de apoio administrativo. A fundação, por sua vez, contratava empresas de fachadas para terceirização de tais serviços. Ao final, os recursos obtidos eram divididos entre os envolvidos, sendo que o responsável pela empresa normalmente ficava com uma pequena porcentagem do montante recebido e o restante era dividido entre funcionários da fundação e servidores do TCE.
O Gaeco identificou, até o momento, oito empresas irregulares que participaram do esquema. No caso de Cláudio Sassioto, que trabalha no TCE, paira a suspeita de que ele seja um dos aliciadores de "empresas fantasmas" para o esquema criminoso. Segundo o Gaeco, o pai dele figura como proprietário de uma empresa, aberta em 2015, que também participaria do esquema.
Comentários