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Cultura
Quinta - 22 de Fevereiro de 2018 às 16:11
Por: G1-MT

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Para proporcionar lazer a 15 crianças negras que nunca foram ao cinema, o coordenador da ONG Fundação Anjos da Vida, João Paulo Pinto, planejou uma ação social para levar as crianças, moradoras do Bairro Jardim Fortaleza, periferia de Cuiabá, para assistir ao filme “Pantera Negra”, no domingo (25).

“São crianças carentes que nunca foram ao shopping ou ao cinema na vida. Vamos comprar pipoca, suco e água de coco durante o filme”, contou.

De acordo com ele, o longa-metragem “Pantera Negra” foi escolhido pela recursão que causou ao redor do mundo desde sua estreia nos cinemas. O filme tem elenco composto, em sua maioria, por atores negros.

“Vi algo parecido em Nova York, achei interessante e resolvi trazer a ideia para Cuiabá. Antes da sessão também vamos fazer brincadeiras com eles (as crianças)”, disse.

Durante a escolha das crianças, João estabeleceu um critério: todas deveriam ter boas notas. Para isso, o coordenador conferiu o boletim deles antes de pedir a autorização para os pais.

João contou com doações de amigos e familiares para custear a compra dos ingressos e o aluguel de uma van para levar as crianças ao cinema.

“A van vai pegar as crianças às 14h30, no ponto combinado. Todos os pais precisaram assinar uma autorização”, contou.

Trabalho social

Há três anos João planeja ações sociais voltadas para crianças carentes de bairros localizados na periferia de Cuiabá. Além de doações, o coordenador conta com ajuda de psicólogos e médicos para auxiliar na relação familiar das crianças.

“Fecho a rua e coloco um pula-pula para as crianças do bairro, fazemos festas com algodão-doce, pipoca e sorteio de brinquedos para elas”, contou.

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Priorizando o desenvolvimento escolar, João contou que para ganhar os prêmios dos sorteios as crianças precisam responder à perguntas.

“Hoje meu trabalho consiste em tirar crianças da rua, do mundo das drogas e dos crimes. Já vi crianças de 8 anos viciadas em droga, muitas vezes os pais também são dependentes químicos. Por isso conto com psicólogos durante esse diálogo”, contou.

De acordo com ele, cerca de 150 crianças chegam a participar das ações sociais realizadas pela ONG.

João contou que em bairros mais carentes, as famílias moram em casas de madeira, que muitas vezes não possuem estruturas básicas, como banheiros.

Ao vivenciar a realidade das famílias periféricas, o coordenador decidiu fazer uma ação social com entrega de camisinhas e anticoncepcionais em alguns bairros.

“Conversei com uma mãe aqui de Cuiabá que tem 12 filhos. As crianças sobem em mangueiras para pegar as mangas na hora do almoço. Ela coloca no prato, põe farinha e é isso que elas comem”, lembrou.





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