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Cultura
Sexta - 02 de Março de 2018 às 17:12
Por: Renata Alves da Assessoria

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O lambadão, ritmo mato-grossense que embala muitas festas e faz jovens, adultos e idosos dançarem, será oficialmente reconhecido como movimento cultural e musical de caráter popular caso o projeto de lei nº 28/2018, de autoria do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) seja aprovado.

A proposta, segundo o deputado, oficializa o que, na prática, já está consolidado. “Entendemos que o lambadão é o ‘ritmo pop’ da baixada cuiabana por excelência, já que a juventude desta importante região mato-grossense vive em seu cotidiano a sua dança e a sua música. Nesse sentido, o projeto que apresentamos pretende definir o lambadão como um movimento cultural e musical de caráter popular e que representa a criatividade e expressão artística da baixada cuiabana”, diz trecho da justificativa apresentada junto ao projeto.

Conforme texto do projeto, na definição de movimento cultural e musical de caráter popular, inclui-se não apenas a música, mas também a forma de execução dos instrumentos, as danças e as coreografias do lambadão.

O projeto de lei prevê a competência do Poder Público de assegurar a esse movimento a realização de suas manifestações próprias, como festas, bailes, shows, reuniões e festivais, sem quaisquer regras discriminatórias e nem diferentes das que regem outras manifestações da mesma natureza.

Proíbe ainda qualquer tipo de discriminação ou preconceito, seja de natureza social, racial, cultural ou administrativa contra o movimento ou seus integrantes.

Ronaldo Soares dos Santos, tecladista e vocalista da banda Erresom, comemorou a apresentação do projeto de lei e disse que o reconhecimento do lambadão como movimento cultural e musical de caráter popular fortalecerá o estilo musical e contribuirá para sua difusão.

“Muito legal a iniciativa do deputado Guilherme Maluf. Esse reconhecimento será muito importante, afinal o lambadão faz parte da cultura mato-grossense”, disse.

O músico também considerou fundamental a inclusão do artigo que busca coibir discriminação ou preconceito contra o movimento.

“O lambadão ainda enfrenta preconceito. Assim como o funk, ele sempre foi visto como um ritmo musical e de dança da periferia. Hoje o funk se popularizou e é aceito por todas as classes sociais. Esperamos que isso também aconteça com o lambadão”, declarou.





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