Documentos manuscritos dos séculos 18 e 19 sobre a chegada de escravos em MT se tornam patrimônio da Unesco Cartas relatam a chegada de encarregados, escravos e trabalhadores à capitania de MT para a construção dos fortes que protegeriam as fronteiras do país. Esses registros estão disponíveis no Arquivo Público de Mato Grosso, em Cuiabá.
Esses registros estão disponíveis no Arquivo Público e e é possível perceber as diferenças, inclusive na forma escrita daquela época.
Documento relata a chegada de escravos — Foto: Arquivo Público/Assessoria
Cerca de dois mil documentos manuscritos da superintendência de Arquivo Público de Mato Grosso, pertencentes ao período colonial, entre os anos de 1768 e 1822, passaram a integrar o Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo (MOW) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O acervo está disponível para consulta na sede do Arquivo Público e representa os registros da comunicação de autoridades civis e militares de quatro Fortes do período.
Os documentos relatam a chegada de escravos, trabalhadores e encarregados na Capitania de Mato Grosso e que iriam atuar na construção dos fortes que protegeriam as fronteiras do país, impedindo a aproximação de outros pretensos colonizadores.
Esses registros estão disponíveis no Arquivo Público de Mato Grosso, em Cuiabá, e neles é possível perceber as diferenças na forma de se comunicar e na escrita da época.
O Fundo Forte Nossa Senhora da Conceição que funcionou entre os anos de 1768 e 1783 possui 168 documentos disponíveis no Arquivo e que retratam as ações da época.
Documento relata a chegada de pedreiros que iriam trabalhar diretamento na construção de Fortes — Foto: Arquivo Público/Assessoria
Centro_Oeste>Mato_Grosso_2__container__" style="box-sizing: inherit; margin: auto; padding: 0px; border: 0pt none; font: inherit; vertical-align: baseline; width: 970px; max-width: 100%; text-align: center; height: 250px;">
O Forte foi fundado em 1760 pelo capitão-general da Capitania de Mato Grosso, Antônio Rolim de Moura, como presídio de Santa Rosa, anos depois a construção foi chamado de Forte de Nossa Senhora da Conceição.
Por volta de 1776 o forte já estava destruído e depois foi erguido outro: o Real Forte Príncipe da Beira, que existiu até 1820.
Mais de 1.300 documentos contam o objetivo do Forte que era proteger a fronteira e o armazenamento, além de garantir a segurança dos comerciantes da rota Guaporé/Amazonas.
O Forte foi erguido às margens do rio Guaporé, uma região que atualmente pertence a Rondônia. A construção foi tombada como patrimônio histórico em 1950.
Relação de escravos desertores — Foto: Arquivo Público/Assessoria
Referente ao Fundo Forte de Coimbra, que funcionou entre 1775 e 1822, o Arquivo guarda 933 documentos. O Forte foi fundado o governo de Luís de Albuquerque de Mello e Cáceres.
O Arquivo também abriga 197 documentos do Fundo Presídio de Miranda, que funcionou de 1797 a 1822. O Forte foi erguido estrategicamente à margem direita do rio M´boteteí. Atualmente, conhecido como Rio Miranda, afluente do Rio Paraguai.
Comentários