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Terça - 15 de Janeiro de 2019 às 17:17
Por: Bruna Barbosa/Mídia News

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Revista Veja
O terrorista Cesare Battisti, que foi preso no final de semana
O terrorista Cesare Battisti, que foi preso no final de semana

Durante sua fuga do Brasil em direção à Bolívia, no final de 2018, o terrorista Cesare Battisti passou por Sinop, Lucas do Rio Verde e Cáceres, segundo investigações realizadas por autoridades italianas. A informação foi divulgada pela imprensa do País europeu, onde ele foi condenado à prisão perpétua.

Batisti foi preso no sábado (12) na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra e já foi levado para a Itália.

De acordo com uma reportagem do jornal Il Messaggero, um dos mais importantes do País, a localização de Battisti estava sendo rastreada através do aparelho de celular dele e de pessoas que o auxiliavam na fuga.

Através dos rastreios, a polícia italiana descobriu que no dia 15 de dezembro, Battisti embarcou em um vôo de São Paulo para Sinop. Outras movimentações foram identificadas, primeiro em Lucas do Rio Verde, segundo o Il Massagerro.

Já o site Occhi Dela Guerra diz que em Sinop Battisti cometeu um erro ao conetar seu celular à rede wi-fi do Aeroporto, deixando rastro para as autoridades que o caçavam.

Antes da chegada de Batisti à Bolívia, as autoridades italianas também detectaram sua passagem por Cáceres, na fronteira.

“Battisti é parado e levado para a delegacia. Ele entende que acabou, mas continua a pensar como um clandestino: quando os policiais perguntam se ele quer ir e pegar suas coisas, se recusa e não revela onde passou os últimos dias, protegendo aqueles que o protegeram”, encerra a reportagem do Il Messaggero.

A tragetória

Battisti foi condenado à prisão perpétua pela acusação de quatro assassinatos na Itália, na década de 70: contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão (o filho do joalheiro ficou paraplégico, depois de também ser atingido).

Na época, ele integrava a organização PAC (Proletários Armados Pelo Comunismo).

Após ser detido em Milão, Battisti foi preso em 1979 e fugiu em 1981. Em 1993, foi condenado à revelia à prisão perpétua por dois homicídios e por cumplicidade em outros dois, cometidos em 1978 e 1979.

Depois de passar pelo México, encontrou refúgio na França entre 1990 e 2004, graças à proteção do ex-presidente socialista François Mitterrand, que se comprometeu a não extraditar nenhum militante de extrema esquerda que tivesse renunciado à luta armada.

Em 2004, com um novo governo na França, o terrorista fugiu para o Brasil com uma identidade falsa.

Depois de três anos vivendo na clandestinidade, em 2007 foi detido no Rio de Janeiro e ficou quatro anos na prisão.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou sua extradição, mas deixou a decisão final nas mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou rejeitando.

Em dezembro do ano pasado, o ex-presidente Michel Temer autorizou sua extradição após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinar a prisão do italiano. Battisti voltou à clandestinidade e, neste sábado (12), foi preso em Santa Cruz de la Sierra, no leste da Bolívia.





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