Servidores de MT
Pivetta rebate crítica por falta de diálogo e diz que palco para debates é o Legislativo
O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) rebate a acusação dos representantes do Fórum Sindical, que representa os servidores do Poder Executivo, de que falta diálogo do Governo com as categorias.
Pivetta alega que não participou de nenhuma reunião com o Fórum, mas que as decisões tomadas pelo governador Mauro Mendes (DEM) tem sido enviadas para a Assembleia, onde o vice considera ser o local de discussões. “As medidas que o governador está tomando estão sendo enviadas para o lugar onde se deve falar muito, que é no Legislativo. Cada um tem um ponto de vista, mas acredito que não está faltando diálogo”.
“As medidas que o governador está tomando estão sendo enviadas para o lugar onde se deve falar muito, que é no Legislativo”
Apesar de ter realizado uma reunião com o Fórum Sindical, Mauro só a fez depois de já ter anunciado o escalonamento dos salários dos servidores, assim como o parcelamento em quatro vezes do 13º de novembro e dezembro de 2018, até abril deste ano.
Os servidores não reconhecem o escalonamento como uma medida viável e apontam que se trata de atraso salarial, já que ultrapassa o limite da Constituição Estadual, que delimita o dia 10 do mês subsequente ao trabalhado como prazo para pagamento dos proventos.
A insatisfação segue rumo a uma série de paralisações e manifestações sindicais em fevereiro, quando as categorias deverão tomar a decisão se deflagrarão greve geral ao modelo de 2016 - ano em que as negociações com o ex-governador Pedro Taques (PSDB) se esgotaram em torno da Revisão Geral Anual (RGA).
Crise em curso, Mauro já declarou que se greve resolvesse os problemas do Estado, seria o primeiro a fazê-la. A declaração mais uma vez afastou o governo democrata do Fórum Sindical, cuja última esperança está na nova legislatura que começa em 1º de fevereiro na Assembleia, e que contará com uma base pró-servidores mais consistente.
Pivetta por sua vez tem se mostrado pouco apático a diversos temas, e critica a ineficiência do Estado, chegando a chamá-lo de “burro e perdulário”, além de afirmar que as empresas públicas que estão na mira do Governo para serem extintas tem sido ineficientes e desnecessárias para a administração pública.
Se permanecer o modelo defendido por Pivetta, o Governo Mauro será de pouco diálogo, e o protagonismo, leia-se responsabilidade, ficará por conta do Poder Legislativo.
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