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Nacional
Terça - 11 de Junho de 2019 às 09:12
Por: Diário de Cuiabá

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Desde ontem, a Caixa Econômica Federal está praticando juros mais baixos para os financiamentos da casa própria. O corte nas taxas desse segmento que é o banco referencial no setor deve fazer muitas famílias voltarem às planilhas de gastos para ver se um imóvel próprio pode entrar nos planos.

Mas o cenário de incerteza na economia no início de 2019 deve frear o aquecimento nesse mercado, ou pelo menos reduzir o impacto que a ação da Caixa teria se a economia estivesse em crescimento. Especialistas no mercado imobiliário percebem que a medida do banco deve ser melhor aproveitada por aqueles que já estavam bem encaminhados no projeto de financiamento.

“O que faz a diferença no mercado imobiliário é a economia de um modo geral. Para entrar em um longo financiamento, as pessoas precisam estar empregadas e confiantes. Não basta haver só juros baixos. Por si só, a redução não levará pessoas aos bancos. Porém, para quem já estava preparado, com uma reserva pronta, pode ser o empurrão que faltava”, avalia o especialista em mercado imobiliário Marcelo Prata, fundador da Resale, plataforma digital para venda de imóveis.

A partir de agora, a taxa mínima para imóveis residenciais será de 8,5% ao ano, e a máxima, de de 9,75% ao ano. Uma das novidades é que esses juros serão os mesmos para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) - até R$ 1,5 milhão e com uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), acima desse valor e sem uso do Fundo.

Como os juros no SFI costumavam ser maiores, a vantagem será maior para imóveis acima de R$ 1,5 milhão. De acordo com cálculo do coordenador do MBA em Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Filipe Pires, para um imóvel de R$ 2 milhões, a economia com as novas taxas chega a R$ 421 mil.

“Mas isso não quer dizer que a redução vale mais a pena, ou é mais indicada, para imóveis nessa ou naquela faixa. O benefício da medida se estende para todos, em maior ou menor escala, conforme o valor do imóvel”, analisa Pires.

Outra simulação, feita pelo educador financeiro Adriano Severo, revela uma economia de R$ 4 mil para um financiamento de, no total, R$ 100 mil realizado na Caixa pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual as parcelas têm valores decrescentes.





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