Repórter News - www.reporternews.com.br
Meio Ambiente
Sexta - 23 de Agosto de 2019 às 11:18
Por: G1 MT

    Imprimir


O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), afirmou que o estado continua em estado de calamidade e que as medidas adotadas para melhoria ainda não são suficientes. Mauro Mendes foi o entrevistado no quadro Papo das Seis, do Bom Dia MT, desta sexta-feira (23).

Ele declarou que um sistema de monitoramento, via satélite, está sendo implantado para que as pessoas que comentam crimes contra o meio ambiente sejam punidas pelo ato.

Além disso, ele afirmou que as queimadas aumentaram, neste ano, devido ao longo período sem chuva, além da irresponsabilidade da população que está colocando fogo em lixos durante esse período de seca.

Estado de calamidade

No dia 17 de julho o governador prorrogou, por mais 120 dias, o decreto de calamidade financeira, que prevê uma série de medidas de controle, reavaliação e contenção de todas as despesas públicas efetivadas no âmbito do Poder Executivo, com o objetivo de reequilibrar as finanças do Estado.

Mauro Mendes, governador de Mato Grosso — Foto: TV Centro AméricaMauro Mendes, governador de Mato Grosso — Foto: TV Centro América

Mauro Mendes, governador de Mato Grosso — Foto: TV Centro América


Nas palavras do governador, apesar de o estado ter diminuído os valores de contratos, renegociado dívidas e enxugado cargos comissionados e contratados, as medidas, apesar de terem ajudado na recuperação, ainda não foram suficientes para retomar a situação financeira de Mato Grosso.

“A situação não é boa. Quando assumimos, havia salários atrasados, dívidas com mais de 11 mil fornecedores, 11 meses de atraso no repasse obrigatório à saúde. Temos trabalhado para recuperar essa capacidade financeira do estado, colocando as contas em dia”, justificou.

No decreto que prorrogou a calamidade financeira, o governador citou o fato de o estado não ter recebido o Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), relativo a 2018, e 'inexistir previsão para pagamento em 2019'.

“Vejo poucas chances de receber o FEX 2018. Já o de 2019 existe um compromisso claro feito pelo Paulo Guedes que, se aprovada a reforma da previdência, eles voltaram a pagar auxílio. Estamos aguardando. Acredito que neste ano teremos, pelo menos, uma parcela do FEX”, disse.

Meio Ambiente

O sistema de monitoramento, implantado na semana passada, para detectar desmatamentos em tempo real no estado, está em fase de teste, segundo Mauro Mendes.

Segundo o governador, com essa tecnologia, é possível detectar, em até 24 horas, desmatamentos superiores a meio hectare.

Em relação as queimadas, Mauro ressaltou que sobrevoou o estado, junto com o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, e detectou que a maioria das queimadas estão acontecendo em regiões urbanas.

Além disso, ele afirmou que as queimadas aumentaram, neste ano, devido ao longo período sem chuva, além da irresponsabilidade da população que está colocando fogo em lixos durante esse período de seca.

"Estamos tendo um longo período sem chuvas e essa é a principal razão do grande número de queimadas. Outra questão é a irresponsabilidade das pessoas que colocam fogo. O fogo não acontece acidentalmente, é porque as pessoas queimam lixos em fundos de quinais", pontuou.


Para o governador, as queimadas estão localizadas no entorno das cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

Sistema prisional

Mauro Mendes disse que uma operação está sendo realizada dentro da PCE com o objetivo de retomar o controle no presídio. Segundo ele, está sendo retirado das celas: geladeira, frigobar, churrasqueira, tomadas, bebidas alcoólicas e mercados controlados por facções.

Além disso, reformas estão sendo realizadas para que os presos não transitem entre as celas através de paredes quebradas.

“São rara as prisões que não são comandadas por facções criminosas. É uma realidade lamentável. No entanto, estamos colocando ordem no presídio na capital”, ressaltou.

Segundo Mauro, a PCE tem capacidade para 800 presos. No entanto, atualmente, o local possui 2,4 mil.

Para controlar o fluxo de detentos, um novo presídio, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, deverá ser inaugurado em outubro, com capacidade para mais de 1 mil detentos.

“É uma obra que começou em 2008 com previsão de ser concluída em 2010, mas estava paralisada. Fizemos um acordo com a construtora e estamos alocando R$ 1 milhão por mês para concluir a obra. Ao lado, vamos construir uma unidade de trabalho para esses presos”, disse.

VLT

Com as obras paralisadas há cinco anos, o futuro do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) continua incerto. Segundo Mauro Mendes, em até 120 dias, o governo dará respostas concretas sobre o que será feito para a conclusão dessa obra.

“Estou trabalhando com mais seriedade do que foi feito ao longo do tempo. Estamos estudando, pois é um caso complexo e precisa de R$ 1 bilhão para terminar. Atualmente, o governo não tem esse dinheiro e não podemos fazer financiamentos, o que já é um grande problema”, pontuou.

O governador disse ainda que um estudo sobre os custos de tarifa está sendo realizado.

“Quanto vai custar a tarifa do VLT? Ninguém sabe. Todos querem o VLT, mas talvez não estarão dispostos a pagar entre R$ 6 e R$ 8 de tarifa. Precisamos ter essas respostas claras. Quando concluímos esses estudos, traremos as respostas”, ressaltou.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/432786/visualizar/