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Variedades
Sexta - 13 de Setembro de 2019 às 12:52
Por: Sandra Carvalho/Da Assessoria

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Uma obra instalada no jardim da Casa do Parque, em Cuiabá (MT), criada pelo escultor Paulo Pires, reflete a disputa do ser humano na sociedade. Residente em Rondonópolis (a 215 km da Capital mato-grossense), Paulo Pires é um apaixonado por rochas porque elas refletem exatamente o que ele que expressar por meio de suas obras.

A obra, segundo o artista, representa o tumulto provocado pelas pessoas que chegavam a Mato Grosso em busca de riqueza, umas tentando entrar na frente da outra, a saga dos garimpeiros em busca de ouro, a luta dessas pessoas na sociedade.

“Sociedade de Pedra é uma obra que nos leva à reflexão sobre essa disputa permanente que as pessoas vivem na nossa sociedade. Ter essa escultura de um artista tão talentoso como Paulo Pires na Casa do Parque é uma grande satisfação”, comenta Flávia Salem, idealizadora da Casa do Parque

Autodidata, Paulo Pires, hoje com 40 anos, começou a fazer arte ainda criança. Ele conta que aos quatro anos já demonstrava sua veia artística. Aos nove anos já trabalhava em uma marcenaria. A madeira que sobrava ele levara para casa, onde criava os seus próprios brinquedos.

“Eu não me identifiquei com ninguém para aprender a fazer arte. Fui aprendendo sozinho, sempre trabalhando e fazendo meus próprios brinquedos. Isso que me levou ao caminho da arte”. Em 1990 criou a sua primeira obra a partir de uma pedra.

Quem descobriu o trabalho de Paulo Pires em pedra foi a critica de arte Aline Figueiredo, quando ela foi a Rondonópolis fazer o júri no salão Jovem Arte. Ele conquistou sua primeira premiação com rocha em Mato Grosso quando criou a obra ‘Pedra Viva’.

“Aline Figueiredo reconheceu esse trabalho e deu esse prêmio de segundo lugar a este meu trabalho que hoje encontra na Secretaria de Estado de Cultura, em Cuiabá”. E completa: “A Aline viu que através das pedras a minha obra ficou mais forte, mais autêntica, deu mais vida, por ser uma obra difícil, uma matéria difícil. A pedra me deu essa dinâmica, de poder falar de dentro dela, trazer o que há dentro dela para a superfície. A pedra para mim é tudo”.

De lá pra cá Paulo Pires não parou mais de usar rochas em suas criações. “É uma matéria mais de difícil de trabalhar, porém se tornou muito mais fácil pra mim porque a pedra fala totalmente o que eu quero ter e ver dentro da obra”.

Há outras criações de Paulo Pires em Cuiabá. Uma delas está na Praça Caetano de Albuquerque, no centro histórico da Capital mato-grossense e a outra bem enfrente ao museu da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Paulo Pires também já fez três exposições em Cuiabá. Em 2001 consegui fazer no Macp da UFMT, também com ajuda e apoio da crítica Aline Figueiredo. “Ela me convidou para fazer a exposição com 88 obras que ficou em cartaz durante 30 dias e se chamava Os Desejos de Pedra. Foi ela que me deu esse privilégio de fazer a minha primeira exposição individual”.

Esta foi a exposição de maior sucesso, e que apresentou o nome de Paulo Pires ao mundo das artes. “Até ai ninguém ainda tinha conhecimento do meu trabalho”.

O artista já expôs em Campo Grande e Corumbá (MS), em Porto Velho (RO) e também em São Paulo (SP). Já participei da amostra Casa Cor cinco vezes, além de outros eventos, outros projetos, com participações de outros artistas. Também teve suas obras em salões da Bahia, Santa Catarina, e Pará.

Possui 10 premiações ao longo de 36 anos de arte, inclusive em 2018 conquistou o 3º lugar em uma premiação ocorrida em Porto Velho (RO) que reuniu 188 artistas inscritos dos quais 20 seriam selecionados.

“Graças a Deus eu me sinto bem privilegiado por meio do meu trabalho. Espero que as pessoas continuem gostando, porque é o que eu mais gosto de fazer. A arte para mim é tudo”, finaliza Paulo Pires.





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