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Meio Ambiente
Quarta - 12 de Agosto de 2020 às 14:23
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Do total de queimados, aproximadamente 35 mil são na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural
Do total de queimados, aproximadamente 35 mil são na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural

Ao menos 100 mil hectares já foram destruídos no Pantanal de Mato Grosso pelas queimadas que, há quase 20 dias, atingem a região no município de Poconé (100 km ao Sul de Cuiabá).

Do total de queimados, aproximadamente 35 mil são na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a maior do país, com 108 mil hectares.

Até terça-feira (11) pela manhã, o bioma, que também abrange parte do vizinho Mato Grosso do Sul, registrava 6.388 focos de calor, um aumento de 259% se comparado ao ano passado (1.778), conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Esta é a maior quantidade já registrada pelo órgão desde 1998, quando o monitoramento começou a ser realizado.

O número também supera, por exemplo, a quantidade registrada em 2018, com 358 focos de incêndio.

Ao todo, o Estado contabiliza 11.770 pontos de queimadas, o que representa um crescimento de 9% em relação a 2019, com 10.768 ocorrências.

Ainda não se sabe a origem do fogo no Pantanal mato-grossense, mas acredita-se que tenha sido causado pela ação humana.

"Neste ano, a seca está sendo bem mais severa", afirmou a gerente de pesquisa e meio ambiente do Sesc Pantanal, a bióloga Cristina Cuiabália à agência FolhaPress.

"Existe uma perda em massa de grupos que não têm chance de fuga, como insetos, animais vertebrados lentos, como o tamanduá-bandeira e répteis". A bióloga diz que o incêndio também destrói ninhadas de diversas aves que se reproduzem nesta época do ano, como as araras. "Para avifauna, é uma grande perda, uma geração a menos no ciclo dos grupos", citou.

O combate às chamas é feito por uma força-tarefa formada pelo Corpo de Bombeiros, brigadistas do Ibama, Sesc Pantanal e as Forças Armadas, que atuam dentro da operação “Pantanal”.

Segundo informações do Ministério da Defesa, no Estado, estão sendo empregados o Super Cougar (UH-15) da Marinha, o Black Hawk (UH-60) e o Amazonas (C-105) da Aeronáutica para voos de reconhecimento, lançamento de água e transporte de brigadistas, fuzileiros navais e bombeiros militares.

“Dois aviões Air Tractor do Corpo de Bombeiros auxiliam com o lançamento de água. As ações contam, ainda, com o apoio de maquinário, caminhões pipa, entre outros meios terrestres”, informou.

REEDUCANDOS – O Poder Judiciário autorizou que dez presos do complexo penitenciário de Várzea Grande reforcem a operação de combate aos incêndios no Pantanal por dez dias.

Eles serão monitorados com tornozeleiras e supervisionados por dois policiais penais.





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