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Saúde
Sábado - 27 de Fevereiro de 2021 às 10:36
Por: Isto É Dinheiro

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A pesquisa irá coletar amostras de espaços públicos para ver se gotículas suspensas no ar, por tossir ou falar, podem transportar o vírus 'vivo' (Crédito: Reprodução/Unsplash)
A pesquisa irá coletar amostras de espaços públicos para ver se gotículas suspensas no ar, por tossir ou falar, podem transportar o vírus 'vivo' (Crédito: Reprodução/Unsplash)

Um novo estudo irá explorar se minúsculas gotículas e partículas transportadas pelo ar podem espalhar o coronavírus em ambientes como supermercados, escolas e ruas movimentadas.

Liderada pelo Imperial College London e pela University of Surrey, a pesquisa irá coletar amostras de uma ampla gama de espaços públicos para ver se gotículas microscópicas suspensas no ar, por tossir ou falar, podem transportar e dispersar o vírus SARS-CoV-2 ‘vivo’ capaz de causar infecção.

O trabalho também analisará se o vírus pode ser dispersado mais longe, pegando carona em partículas na atmosfera, como pequenas partículas de poluição de veículos ou poeira.

O projeto COVAIR começará este mês na Inglaterra, com pesquisadores que pretendem amostrar locais em Londres: primeiro em hospitais, depois estendendo-se a locais como escolas, lares de idosos, escritórios, cruzamentos de tráfego , supermercados, estações de trem e metrô e ônibus.

A pesquisa sugere que a menor dessas gotículas denominadas aerossóis, que são 10 vezes menores que a largura do cabelo humano, podem permanecer suspensas no ar por horas e viajar mais do que alguns metros para pousar nas superfícies, onde pode persistir por dias. A transmissão do SARS-Cov2 por aerossol foi demonstrada em espaços confinados, como em hospitais que tratam de pacientes com Covid-19.

Existem também algumas evidências que sugerem que o vírus poderia ser disperso por distâncias muito maiores, aderindo a partículas poluentes na atmosfera. Esses aerossóis e partículas poluentes contendo o vírus podem então ser inalados diretamente nos pulmões das pessoas presentes na área.

No entanto, atualmente existe uma lacuna importante em nosso conhecimento quanto aos níveis de vírus ‘vivos’ ou ‘viáveis’ circulando no ar que poderiam ser inalados e causar infecção. De acordo com a equipe, detectar vírus viáveis no ar pode ter implicações para medidas de proteção em espaços públicos.

No estudo COVAIR, os pesquisadores terão como objetivo coletar amostras de ar de vários locais. Eles serão transferidos para um laboratório de alta contenção e cultivados para ver se são capazes de replicar o vírus viável – um indicador de que o vírus pode causar uma infecção nos pulmões da pessoa que inalar o aerossol ou partículas infecciosas.

Inicialmente, a equipe tentará detectar o vírus no ar em hospitais que tratam de pacientes com Covid-19. Assim que seus métodos forem validados, eles usarão a abordagem para caçar o SARS-CoV-2 em outros ambientes urbanos, incluindo plataformas de trem, escritórios e shopping centers.





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