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Quarta - 03 de Março de 2021 às 17:27
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Os mais jovens têm procurado, cada vez mais, assistência médica para tratamento da doença
Os mais jovens têm procurado, cada vez mais, assistência médica para tratamento da doença

Desde o início da pandemia do coronavírus, os idosos são considerados o principal grupo de risco, e os números mostram que eles formam a maioria das vítimas fatais em decorrência da Covid-19.

Após um ano da disseminação do vírus em Mato Grosso, o atual cenário mostra que os mais jovens têm procurado, cada vez mais, assistência médica para tratamento da doença.

Para se ter ideia dessa conjuntura, dados sobre o perfil de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) com suspeita de Covid-19, disponibilizados em boletim da Secretaria de Estado de Saúde, apontam que, de um total de 35.982 hospitalizações registradas em todas as faixas etárias, 19,44% dos pacientes possuem entre 51 a 60 anos; 16,06% têm entre 41 a 50 anos, e 11,94% entre 31 e 40 anos.

Isso significa dizer que 47,44% estão em plena idade produtiva.

Outros 18,99% estão na faixa etária dos 61 a 70 anos; 14,79% entre 71 a 80 anos e 9,34% acima dos 80. O restante (9,42%) vai do zero aos 30 anos.

“Infelizmente, a Covid-19 passa, nesse momento, a infectar pessoas mais jovens, principalmente, aqueles que achavam que estavam imunes e poderiam ficar se locomovendo à vontade e participando de aglomerações, além do risco, o que já está comprovado, de infectarem seus pais, seus avós e as pessoas com comorbidades e que estão em casa”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista, após a divulgação de medidas de mais restritivas para conter o avanço do coronavírus em todos os 141 municípios mato-grossenses.

O alerta é feito em um momento em que a taxa de ocupação das unidades de terapia intensivas está à beira de um colapso no Estado.

Nas últimas 24 horas, a Secretaria de Saúde notificou 1.255 novas confirmações de casos de coronavírus em Mato Grosso.

Nesse mesmo período, foram registradas mais 32 mortes causadas pela doença no Estado.

Até agora, a doença já matou 5.864 pessoas, desde o começo da pandemia, em março de 2020.

A taxa de ocupação está em 88,01% para UTIs adulto e em 45% para enfermarias adulto.

A Secretaria de Saúde notificou, até a tarde de terça-feira (2), 253.783 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso.

Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (54.411), Rondonópolis (19.753), Várzea Grande (16.038), Sinop (13.035), Sorriso (10.346), Tangará da Serra (10.084), Lucas do Rio Verde (9.361), Primavera do Leste (7.539), Cáceres (5.606) e Nova Mutum (5.075).

Para segurar a taxa de ocupação em UTIs, foram abertas mais 29 vagas no Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, há uma semana.

Conforme Figueiredo, são quase 500 leitos de terapia intensivas disponibilizados pelo Governo do Estado, exclusivamente para o atendimento da Covid-19.

Contudo, por vezes, pessoas internadas em enfermarias podem necessitar de UTIs.

Por isso, os hospitais precisam reservar vagas para os pacientes hospitalizados nos leitos clínicos.

"Estamos falando também de um universo de 876 leitos de enfermaria. No Estado de Mato Grosso, são 1.370 leitos cativos para atender, especialmente, o paciente com Covid. No centro-oeste, proporcionalmente para cada 100 mil habitantes, Mato Grosso é o estado com maior proporção de UTIs criadas para atender a Covid”, disse.

O secretário seguiu citando o esforço do Governo para ampliar ainda mais os leitos de UTIs, mas a abertura depende de uma série de condicionantes.

“Faltam profissionais de Saúde, faltam equipamentos, instalações propícias, pois não podem ser em uma sala qualquer uma vez que precisam estar acopladas em uma unidade hospitalar, têm uma série de serviços complementares para isso”, completou.

ALTA CONTAMINAÇÃO - Em Mato Grosso, 18 os municípios apresentam alto risco de contaminação pelo coronavírus, que a causa a Covid-19.

É o que mostra o panorama da situação epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com a definição dos riscos, é necessária a adoção de medidas restritivas para o controle da propagação do vírus nas cidades.

No boletim anterior datado do último dia 25 de fevereiro, eram 13 cidades.

Agora, apresentam alto nível de alerta Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Primavera do Leste, Sinop, Nova Xavantina, Sorriso, Barra do Garças, Poconé, Cáceres, Pontes e Lacerda, Nova Mutum e Cotriguaçu, Carlinda, Alta Floresta, Colíder, Campo Verde, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde.

Ainda de acordo com as informações, outras 35 cidades foram classificadas na categoria de risco moderado para a Covid-19.

Entre elas, estão Alto Araguaia, Alto Boa Vista, Alto Taquari, Apiacás, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Canarana, Chapada dos Guimarães, Conquista D’ Oeste e Serra Dourada.

De acordo com a definição dos riscos, é necessária a adoção de medidas restritivas para o controle da propagação do coronavírus.





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