Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 30 de Abril de 2021 às 23:27
Por: Isto É/Marcos Strecker

    Imprimir


ALÍVIO Tel Aviv no dia 19, após Israel liberar uso de máscaras: país liderou vacinação (Crédito: AMIR LEVY)
ALÍVIO Tel Aviv no dia 19, após Israel liberar uso de máscaras: país liderou vacinação (Crédito: AMIR LEVY)

O sucesso no combate à pandemia, como provam os países que foram bem-sucedidos, tem mais a ver com liderança do que com estratégias inovadoras. O exemplo mais claro vem dos EUA. Enquanto o ex-presidente Donald Trump minimizava a gravidade da doença, o país liderou os óbitos e novos casos. Assim que Biden assumiu, a vacinação acelerou (para 3,2 milhões doses diárias), máscaras e protocolos de distanciamento foram reforçados e passou a existir uma coordenação central. Desde o último dia 19, todos acima de 16 anos já conseguem se vacinar. Já receberam pelo menos uma dose 42% dos americanos. Em meados de junho, 70% estarão vacinados. Como resultado, no dia 27 a máscara foi abolida para os imunizados em ambientes externos

.

Roteiro semelhante foi seguido no Reino Unido. Depois de um começo hesitante, Boris Johnson adotou restrições radicais, além da testagem em massa. Também apostou na vacinação, sendo o primeiro país a iniciá-la. Essas ações e a rápida imunização de metade da população adulta garantiram a redução de mortes em 95%. No último dia 12, depois de 175 dias do terceiro lockdown, os pubs voltaram a abrir. Já Israel conseguiu a maior taxa de vacinação no mundo. Além de ter antecipado a compra de imunizantes, o país adotou um controle rígido de circulação. Resultado: liberou o uso de máscaras no último dia 18, quando atingiu a marca de 81% dos cidadãos acima de 16 anos vacinados com as duas doses. Cinco dias depois, pela primeira vez em dez meses, não registrou nenhuma morte.

Outras abordagens também se mostraram eficazes. A Coreia do Sul teve ótimos resultados, principalmente no início, com o uso de testagem em massa. Numa estratégia mais barata, o Vietnã rastreou e isolou os casos de contágio. Até a última semana, registrava apenas 35 óbitos. Na Nova Zelândia, a primeira-ministra Jacinta Ardern conseguiu cativar a população em um esforço de comunicação que fez o país atravessar coletivamente o lockdown mais severo da sua história. Epicentro inicial da crise, a China conseguiu conter a doença com medidas draconianas de restrição de circulação. Foi criado um controle digital para a mobilidade no país. O país, com 1,4 bilhão de habitantes, pretende vacinar 40% da população até o meio do ano. No rol de contraexemplos, líderes como Trump, Jair Bolsonaro e agora o indiano Narendra Modi colecionaram resultados desastrosos ao ignorar o perigo da doença e espalhar desinformação. O único efeito colateral benéfico da doença, até o momento, é que o novo coronavírus tem se mostrado letal para esses governantes populistas.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/442628/visualizar/