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Internacional
Segunda - 07 de Março de 2022 às 09:24

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A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk

A Ucrânia rejeitou nesta segunda-feira (7) anúncio feito pela Rússia para a abertura de novos corredores humanitários no país. Mais cedo, Moscou informou que planeja abrir caminho para que civis saiam do país com destino à Rússia ou Belarus.


Segundo a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, a abertura das rotas para a Rússia ou para o país vizinho aliado de Moscou é uma tentativa de manipular a opinião internacional, sobretudo o presidente francês, Emmanuel Macron, que telefonou ao mandatário russo, Vladimir Putin.


"[O corredor] não é uma opção aceitável", disse Vereshchuk. "Espero que o presidente francês, Emmanuel Macron, entenda que seu nome e desejo sincero de ajudar na realidade estão sendo usados e manipulados pela Federação Russa", disse ela.


O plano para cessar-fogo e retirada de civis seria viabilizado, em tese, às 10h no horário de Moscou (4h no horário de Brasília). Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, disse que, ao todo, seis corredores humanitários serão abertos em cidades ucranianas para permitir que civis escapem da guerra, incluindo na capital Kiev.


Há desconfiança, entretanto, em relação à eficiência da operação. Dois acordos para cessar-fogo, em Mariupol e na cidade vizinha de Volnovakha, falharam nos últimos dois dias, com ambos lados se acusando de descumprir o combinado.


Enquanto anuncia planos para a retirada de civis em Kiev, a Rússia "acumula recursos" para atacar a capital ucraniana, disse nesta segunda, em comunicado, as Forças Armadas da Ucrânia. "Além disso, o inimigo continua a operação ofensiva contra o país, focada nos arredores de Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumi e Mikolaiv."


No sul, autoridades militares ucranianas disseram que a Rússia bombardeou a região de Tuzli, nas proximidades de Odessa, danificando "equipamentos de infraestrutura cruciais", mas sem deixar feridos.


A invasão a Odessa começou a se configurar neste domingo (6). Principal porto ucraniano no mar Negro, a cidade está no alvo de forças de Putin a leste, e se dominada, Moscou terá estabelecido o controle sobre quase toda a costa do mar Negro, fechando o acesso ucraniano a ele.


De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, forças russas provavelmente estão mirando na infraestrutura de comunicação ucraniana para reduzir o acesso a fontes de notícias confiáveis.


"O acesso ucraniano à internet provavelmente também será interrompido como resultado dos ataques russos à infraestrutura", disse em comunicado.


Em Kharkov, ao leste, bombas russas atingiram uma universidade e um prédio residencial. Outras áreas atingidas foram a cidade de Chernihiv, ao norte, Mikolaiv, ao sul, e Kharkiv, o segundo maior centro urbano do país, de acordo com o conselheiro da presidência ucraniana, Oleksi Arestovich.


Em Chernihiv, a cidade foi bombardeada em todas suas regiões. Arestovich classificou como "catastrófica" a situação dos subúrbios de Kiev, como Bucha, Hostomel e Irpin.


A Acnur, a agência da ONU para refugiados, divulgou neste domingo que o número de pessoas fugindo do conflito na Ucrânia ultrapassou a marca de 1,5 milhão, sendo assim a crise de refugiados que mais cresce desde a Segunda Guerra Mundial.


Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, anunciou que a Cruz Vermelha da China fornecerá ajuda humanitária à Ucrânia e reiterou pedido para que as negociações continuem.


Ele disse também que a amizade do país com a Rússia é "sólida" e que a cooperação mútua traz "benefícios e bem-estar para os dois povos".





Fonte: DA FOLHAPRESS

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