Setor reivindica e governo criará superintendência para tratar desenvolvimento florestal em MT

Com o objetivo de discutir a situação atual do setor madeireiro de Mato Grosso, o coordenador-geral da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado estadual Zeca Viana (PDT), juntamente com os deputados José Riva (PSD), Percival Muniz (PPS) e Luciane Bezerra (PSB) e os representantes do segmento se reuniram com o governador Silval Barbosa (PMDB) nesta terça-feira (24).

Diante do pleito da criação da criação de uma Secretaria Estadual de Florestas, o governador anunciou a criação de uma superintendência na estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para cuidar dos assuntos ligados à produção no setor madeireiro. Com a abertura da superintendência, todos os processos de licenciamento referentes ao manejo vão tramitar separadamente.

Os representantes do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) relataram que atualmente a falta de estrutura da Sema acaba atrapalhando o bom andamento do setor. Isto, porque todos os processos protocolados no órgão são tratados da mesma forma, assim, o tempo de espera se torna grande e atrapalha o desenvolvimento do setor madeireiro.

O deputado Zeca Viana considerou a audiência positiva já que a principal pauta do setor foi contemplada. “Considero que a criação da superintendência foi um avanço, mas podemos avançar ainda mais. A nova estrutura trará agilidade aos processos do setor”, afirmou Viana, que trabalha, desde 2011, pela implantação do Plano estadual de Desenvolvimento Florestal.

SETOR FLORESTAL - – De acordo com informações do Cipem, o setor de base florestal corresponde a 6% do PIB de Mato Grosso; congrega mais de 1.600 indústrias; consome 3,6 milhões de metros cúbicos de toras por ano; possui 2,6 milhões de hectares de áreas de manejo florestal; transporta 275 mil cargas por ano; o comércio de produtos de madeira realizado por Mato Grosso foi de R$ 4,9 bilhões, entre 2006 e 2009; exporta US$ 185 milhões (média dos últimos 4 anos); consome 95 mil MW de energia elétrica; arrecada R$ 73,2 milhões de impostos e R$ 12,2 milhões para o Fethab;  tem um estoque de carbono em florestas manejadas de 676 milhões de toneladas.