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Politica Brasil
Domingo - 22 de Abril de 2012 às 16:19
Por: PAULO PEIXOTO

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O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), usou a celebração da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto, na noite de sábado, para criticar a União e dizer que os Estados, em questões econômico-financeiras, são dependentes do "humor" do governo.

Anastasia não poupou nem mesmo o Congresso, ao dizer que o Legislativo "vota leis que asfixiam" os Estados. Disse que deputados e senadores fazem "cortesia com o chapéu alheio".

"Nós [governadores], no entanto, temos que governar com o que arrecadamos e administrar uma dívida pública que se tornou um pesadelo", afirmou.

Orador oficial da cerimônia, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, também fez críticas à alta carga tributária no país, juros altos e custos elevados para a Indústria.

No embalo dos ideais de Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira que morreu há 224 anos por se rebelar contra os tributos cobrado pela Coroa portuguesa, o governador tucano condenou a "erosão do pacto federativo", que retira recursos dos Estados e dificulta os investimentos.

Ao dizer que a centralização financeira no Império fazia com que a construção de uma ponte dependesse do humor de um funcionário da Corte no Rio de Janeiro, Anastasia completou: "Os tempos estão parecidos novamente".

Ele pediu apoio da população à reivindicação de renegociação pelo governo das dívidas estaduais, de forma a ajudar a retomar a autonomia dos Estados.

Depois das críticas, em entrevista, Anastasia disse que a presidente Dilma Rousseff tem "simpatia pelo tema", mas que "é preciso agora transformar essas vontades em ação".

Questionado sobre a crítica ao Congresso, ele disse que essas reclamação é de vários governadores e tem relação com vinculações orçamentárias em tramitação no Legislativo. Citou o percentual de 2% para as Defensorias Públicas estaduais.






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