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Nacional
Sábado - 19 de Outubro de 2013 às 05:50

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A greve dos médicos, iniciada na manhã desta sexta-feira na rede municipal de Manaus (AM), foi suspensa pela Justiça, mas a ordem judicial foi desobedecida por aproximadamente 10% da categoria. Segundo o Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), a comunicação oficial da decisão da Justiça só foi feita às 14h15, motivo pelo qual não houve tempo hábil para desmobilizar os profissionais.

A suspensão da greve foi acatada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) após a prefeitura de Manaus entrar com um pedido de liminar contra a paralisação, na noite de quinta-feira. Mas, de acordo com o médico Mário Viana, presidente do Simeam, a greve é legítima, pois foi comunicada com antecedência de 72 horas, como manda a lei.


"Eu repudio essa decisão judicial. Agora em Manaus não se pode mais fazer greve? Não incluímos na paralisação as unidades de urgência e emergência, somente as unidades ambulatoriais, e nem assim podemos gozar de um direito constitucional?", questionou o presidente do Simeam, que confirmou a greve nesta sexta-feira. "As 156 casinhas de saúde da família e todas as policlínicas e unidades básicas de saúde foram atingidas, mas só na segunda-feira vamos ter uma dimensão da paralisação." No entanto, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), menos de 10% dos médicos da rede municipal aderiram à greve.


De acordo com a decisão judicial, o descumprimento da suspensão da greve implicará em multa diária de R$ 50 mil ao Simeam. A Justiça ainda autorizou o corte do ponto dos médicos que faltarem ao trabalho nesta sexta-feira. "Fomos à Justiça para suspender a greve porque a população não pode ser prejudicada”, disse em nota o secretário municipal de saúde, Evandro Melo.


As principais reivindicações que motivaram a greve dos médicos em Manaus são as melhorias das condições de trabalho, a regularização dos médicos concursados que trabalham 40 horas para cumprimento de 20 horas, de acordo com o edital do concurso e revisão do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS).


"Vamos passar o final de semana reunidos com o setor jurídico do sindicato para, na segunda-feira, submetermos à assembleia se contestamos ou não a decisão da Justiça", finalizou o Viana.
 





Fonte: Terra

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