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Cidades/Geral
Segunda - 24 de Outubro de 2011 às 15:13

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No final de semana, dias 22 e 23 de outubro, representantes das subsedes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) discutiram a importância do desenvolvimento de projetos voltados à promoção da saúde e prevenção, com foco no combate à discriminação. Os assuntos foram abordados pelo II Seminário Estadual sobre Gênero e Diversidade Sexual e pelo IV Seminário do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), realizados em conjunto, no auditório da entidade.

O objetivo é continuar sensibilizando a categoria para a inclusão dos temas no âmbito escolar. “O SPE dialoga com diversas outras questões, especialmente com a diversidade sexual. São assuntos que precisam ser debatidos na escola, um espaço onde as relações se estabelecem de forma intensa”, ressaltou o secretário de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Henrique Lopes. Ele destacou ainda que a articulação em prol desses projetos nas escolas é mais uma forma de cobrar do Estado a implementação de políticas públicas.

A vice-presidente do Sindicato, Jocilene Barboza, disse que o SPE é um projeto desafiador, pois reúne duas grandes demandas: Educação e Saúde. “Além disso, falar sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e diversidade sexual aos alunos exige preparo e uma postura livre de preconceitos”, frisou. Segundo a sindicalista, a conscientização da sociedade é um fator determinante nesse processo, haja vista o significado do papel da família na educação dos filhos.

Dia Mundial contra o HIV - O evento contou com a participação do secretário de Políticas Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Marco Antonio Soares. “Nossa herança conservadora muitas vezes impede a realização do trabalho integrado dentro da escola. Não é fácil pautar esse assunto e convencer o próximo”. Ele salientou que estes seminários são importantes espaços de diálogo e apresentação de novas agendas. No domingo (23), inclusive, houve o planejamento para a mobilização que ocorre em 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta contra o HIV.

A abertura teve a contribuição da superintendente de Diversidade da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), professora Débora Pedrotti; mestranda em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e professora da rede pública, Adriana Sales; e do doutorando em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenador do Grupo Livre-Mente, Clóvis Arantes. Ambos conduziram a mesa temática ‘A escola como lócus da promoção dos direitos humanos – questões de gênero e diversidade sexual nesse sentido’. “A luta pelos direitos é coletiva e a escola é um local adequado nesse sentido. Não se trata de sermos iguais uns aos outros, mas de termos igualdade de direitos”, avaliou Débora Pedrotti.

Mudar atitudes - Desde 2003, a professora e secretária geral da subsede do Sintep/MT em Rondonópolis, Laura Sousa Silva, coordena o projeto de SPE na Escola Estadual José Salmem Hanze nos períodos matutino, vespertino e noturno. “É uma iniciativa que contribui para mudar a forma de pensar e agir, porque para vencer o preconceito e quebrar tabus é preciso mudar atitudes”, afirmou. Para ela, o grande desafio é acabar com a resistência ao assunto em todos os espaços de convívio social.






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