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Sexta - 21 de Outubro de 2011 às 18:59
Por: Alline Marques

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Sem trava na língua, o secretário Estadual de Saúde, Pedro Henry (PP), chamou o defensor público de Várzea Grande, Marcelo Rodrigues Leirião, de burro e ignorante por comparar os repasses feitos aos prontos-socorros de Cuiabá e Várzea Grande com o Hospital Metropolitano, administrado pelo Instituto Pernambucano, uma Organização Social (OS’s).

Os ânimos entre ambos ficaram tenso e o defensor também não deixou por menos e afirmou; “a opinião dele sobre mim não fede, nem cheira. O meu entendimento sobre o secretário é o da ficha criminal dele”.

A polêmica iniciou após o defensor informar que o Estado repassa R$ 2,5 milhões para o Hospital Metropolitano por mês para realizar cerca de 400 atendimentos de baixa e média complexidade. Sendo assim, o paciente custaria cerca de R$ 6.500, enquanto no pronto-socorro de Várzea Grande, o cidadão custa R$ 100, já que o governo é responsável pelo investimento de R$ 1,2 milhão para os 12 mil atendimentos feitos pela unidade por mês.

Porém, Henry se irritou com a comparação do defensor e o chamou de burro e ignorante. Ele explicou que os atendimentos feitos pelo Hospital Metropolitano são procedimentos cirúrgicos, portanto, muitos mais caros do que os atendimentos feitos pelo pronto-socorro.

“Este defensor é burro e pode falar que eu falei. Ele está comparando coisas diferentes. Primeiro que o Hospital Metropolitano recebe apenas esse dinheiro, já o pronto-socorro de Várzea Grande recebe do Ministério da Saúde e da Prefeitura. Além disso, o pronto-socorro faz consulta, o que é, infinitamente, mais barato que cirurgias”, explicou.

Henry desmentiu o fato de o Metropolitano atender apenas baixa e média complexidade. Segundo ele, o hospital também realiza alguns procedimentos de alta complexidade. Já o defensor público continua a afirmar que é mentira do secretário. Ele informou ainda que visitou a unidade no dia 27 de agosto e tinha apenas quatro pacientes.

O secretário informou hoje que apesar de o hospital ter apenas 52 leitos, nesta sexta-feira 58 pessoas estão internadas no local. Seis a mais do que a capacidade permite. Mesmo assim, não deixou de atender a população. No entanto, o defensor ironiza e alega que a “superlotação” revelada por Henry era apenas porque a equipe do Jornal Nacional está em Cuiabá para mostrar o caos na saúde.

“Isso já era esperado, porque a equipe do JN no Ar está aqui. Eu vou esperar uns três ou quatros dias para visitar o hospital e tenho certeza de que estará vazio. Eu ainda fiquei sabendo nesta sexta-feira que no dia da visita do governador Silval Barbosa (PMDB) foram levados pacientes do pronto-socorro de Várzea Grande para lá, com a promessa de que resolveriam os problemas, mas depois foram devolvidos”, revelou Marcelo.






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