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Sábado - 24 de Setembro de 2011 às 15:04

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A professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, ainda não sabe que foi o menor D.M.N, de 10 anos, que lhe deu um tiro em sala de aula, na tarde de quinta-feira, na Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Também não foi informada que ele se matou com um tiro na cabeça. Em estado de choque e recuperando-se de uma cirurgia para retirada do projétil que se alojou entre o reto e o útero, ela está sendo poupada pela família dos detalhes do crime.

Segundo a irmã da professora Regiane de Oliveira Millan, Rosileide ouviu um barulho, pensou que fosse uma bomba, sentiu uma dor do lado direito e caiu no chão. "Ela não viu quem foi porque estava virada para a lousa. Ela só se lembra do barulho e dos gritos das crianças. Depois de cair, ela ficou na sala aguardando o resgate, não tentou sair de lá."

Rosileide tinha acabado de chegar à sala de aula. Não se lembra de D.M.N. ter pedido para ir ao banheiro. "Estamos todos chocados porque nunca esperamos que aconteça uma coisa dessas dentro da sala de aula e com a nossa família."

Em estado de choque, a professora pergunta toda hora à família o que aconteceu. Regiane diz que eles contam apenas que ela foi atingida por um aluno, mas não revelam detalhes. Segundo ela, eles falaram alguns nomes de alunos para saber qual a opinião dela. Quando falou-se de D.M.N., Rosileide disse que era "muito bonzinho e aplicado". "Não pode ter sido ele porque ele era exemplar. Nunca foi agressivo."

A preocupação de Rosileide era com os alunos. "Ela perguntou sobre as crianças, pensava que a escola tinha sido invadida, até pensou que fosse um massacre", conta Regiane. A professora não comentou nada sobre deixar de dar aulas. "Ela adora dar aulas, sempre quis ser professora", completa sua irmã.

A sobrinha de Rosileide, Laís de Oliveira Ferreira, 19 anos, afirma que a tia é uma pessoa delicada e sempre muito educada. "Ela gosta de viajar, a última viagem que fez foi para a Argentina. Ela também gosta de ir ao cinema e ao teatro". A professora mora com a mãe, que está muito abalada com a situação, segundo Laís.

A professora pode ter alta no começo da próxima semana. Nesta sexta, ela deixou a UTI e foi para o quarto. Também foi atendida por um ortopedista porque estava se queixando de dor no joelho esquerdo. Foi constatada uma fratura na patela, que pode ter sido causada durante sua queda após o tiro.





Fonte: Do IG

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