Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Polícia Brasil
Terça - 20 de Setembro de 2011 às 18:16
Por: Marcela Bourroul Gonsalves

    Imprimir


O crack é hoje a droga ilícita mais presente nos municípios do Estado de São Paulo. Foi o que apontou levantamento realizado pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Os resultados foram apresentados nesta terça-feira, 20.

 

Gestores públicos de 325 municípios, onde se concentram 76% da população do Estado, responderam a um questionário com dez perguntas enviado pela Frente Parlamentar. Em algumas das 15 Regiões Administrativas do Estado o crack está presente na mesma intensidade que o álcool.

O levantamento aponta que o avanço do crack é mais acentuado em municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes. Dos 325 municípios que responderam o questionário, 12% recebem ajuda financeira do governo federal; outros 5% recebem alguma ajuda do governo estadual. 79% dos municípios não dispõe de leitos públicos para tratar os dependentes químicos que se encontram na faixa etária entre 16 e 35 anos de idade.

Segundo o deputado Donisete Braga, que coordenou o levantamento, os municípios paulistas estão sem assistência no que se refere ao combate ao crack e outras drogas, não há leitos públicos destinados aos dependentes, e não há recursos públicos. Ele adiantou que o ministério da Saúde vai lançar um programa nacional para combater o problema no início de outubro.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo contestou os números divulgados pela Alesp e afirmou que os valores gastos pela pasta para assistência a dependentes químicos não são utilizados na forma de repasse direto aos municípios, e sim por outros meios. Entre eles, a capacitação de profissionais dos Caps Ad (Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas) municipais, internação de pacientes por doenças decorrentes do abuso de álcool e drogas, atendimento para casos agudos em hospitais estaduais e conveniados com a Secretaria e internação de dependentes em serviços de saúde financiados exclusivamente com recursos estaduais.

Ainda segundo a secretaria, a atual política de saúde mental do Ministério da Saúde não prevê internação de dependentes químicos, mas a pasta estaria custeando o tratamento desses pacientes em clínicas de internação que atendem de forma regional.

Nos últimos quatro anos foram implantados cerca de 400 leitos para internação de dependentes químicos no Estado, em cidades como a capital, São Bernardo do Campo, Itapira, Marília, Bauru e Presidente Prudente.
 






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/75585/visualizar/