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Polícia Brasil
Segunda - 19 de Setembro de 2011 às 08:42

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Quando o nível do Itajaí-Açu, em Blumenau, chegou aos 12,60 metros, às 11h do dia 9 de setembro, atingiu muito mais que casas e comércios. Afetou também órgãos públicos responsáveis por ajudar a comunidade em caso de tragédias, como o 10º Batalhão de Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal de Trânsito e Samu. Após a enchente, fica a dúvida: por que a estrutura de segurança de Blumenau está em área alagável, prejudicando o atendimento à população?

De acordo com o arquiteto do Setor de Obras da Diretoria de Planejamento e Avaliação da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Francisco Carlos Gonzaga Prazeres, algumas corporações estão em áreas alagáveis porque são construções antigas, feitas quando não não havia preocupação com alagamentos ao se construir.

— Atualmente, quando os terrenos são doados pelos municípios, pedimos que estejam em áreas livres de alagamentos, mas, se não houver a possibilidade de construir em outro local, aterramos e elevamos a fundação, como na construção da nova Delegacia Regional de Polícia Civil, que inicialmente teria apenas um pavimento — argumenta Prazeres.

Especialista defende construções em áreas estratégicas 

Para evitar transtornos a cada nova enchente, o professor de Gerenciamento de Transporte e Frotas do Curso de Logística da Univali, Carlos Augusto Silveira, explica que, nos momentos de catástrofes climáticas, a mobilidade precisa ser levada a sério e tudo começa com uma boa localização das sedes dos órgãos competentes, que vão planejar, coordenar e controlar as atividades.

— Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros são os agentes que participam no planejamento das estratégias de atendimento e, para que haja eficácia, os recursos logísticos devem ficar em áreas geográficas que favoreçam a mobilidade, ou seja, em áreas livres de inundações. A engenharia civil pode ser uma parceira na hora de planejar e viabilizar áreas protegidas — diz Silveira.

Nova delegacia regional não foi alagada

Para o delegado Regional de Blumenau, Rodrigo Marchetti, a atual delegacia, em frente à prefeitura, está em lugar privilegiado, pois não foi atingida pela enchente e fica na área central:

— Seria melhor ficar em lugar onde não pega água, mas elevamos a nova sede, que ficará pronta no fim do ano, para evitar prejuízos. A cada nova cheia teremos o transtorno de limpar o estacionamento, mas nosso atendimento é mais administrativo, então não irá afetar.

O secretário estadual Segurança Pública, César Grubba, reconhece que a localização das estruturas de segurança do Vale precisam ser revistas e afirma que está buscando a documentação para verificar a situação da PM, que sofreu prejuízos de R$ 200 mil com a última enchente. A sede do Samu, que funciona no mesmo prédio que a PM, será transferida.






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