Repórter News - www.reporternews.com.br
Policia MT
Quinta - 18 de Agosto de 2011 às 14:14
Por: ALEXANDRE APRÁ

    Imprimir


Arquivo
Para MPE, Paulo Vilela usou do cargo para beneficiar políticos investigados por crime eleitoral
Para MPE, Paulo Vilela usou do cargo para beneficiar políticos investigados por crime eleitoral

O diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Paulo Vilela, vai responder a uma ação de improbidade administrativa perante à Justiça Federal de Mato Grosso.

A decisão é do juiz Gilberto Bussiki, da 3ª Vara Cível de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), que acolheu um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e declarou a incompetência da Justiça Estadual para julgar o processo.

A ação diz respeito a um ato administrativo de Vilela, em relação a uma investigação eleitoral da cidade de Campo Verde para a Polícia Civil. Mesmo sabendo, em tese, da competência da Polícia Federal para atuar em demandas eleitorais, Paulo Vilela tentou avocar uma investigação envolvendo dois candidatos a vereador e os deputados José Riva (PP) e Eliene Lima (PP).

O argumento usado por Vilela foi de que os deputados investigados eram pessoas públicas e que "os delitos envolvendo pessoas públicas, partidos políticos ou outros afins geram grande conotação e especulação por parte dos interessados".

À época, o juiz eleitoral da cidade, Renan Leão, atendeu ao parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) e negou o pedido de Paulo Vilela. O caso, então, foi encaminhado à Polícia Federal, a quem cabe, legalmente, o dever de conduzir investigações de crimes eleitorais.

Na ação movida pelo promotor Marcelo Alves Correa, de Campo Verde, o Ministério Público Estadual sustenta que a portaria assinada pelo diretor-geral da Polícia representa "um flagrante ato tentatório contra a probidade administrativa".

O MPE acusa Vilela de pressionar o delegado de Campo Verde para obter os autos originais da investigação. De acordo com a denúncia, o diretor-geral ainda requereu cópias da investigação.

Entretanto, depois que o juiz Gilberto Bussiki recebeu a ação de improbidade administrativa, o procurador da República, Douglas Santos Araújo, requereu ao magistrado que declinasse da competência de julgar o processo e o enviasse à Justiça Federal. O argumento foi de que o objeto da ação de improbidade trata-se de material eleitoral, o que atrairia a competência.

Agora, o processo será remetido à Justiça Federal, que deve redistribuí-lo a uma das varas federais de Cuiabá.

Outro lado

Por meio da assessoria de imprensa, o delegado Paulo Vilela garante que não cometeu nenhum dolo na condução do processo de investigação do caso e afirmou que as provas serão apresentadas oportunamente.

Confira a integra da nota enviada pela assessoria da Polícia Judiciária Civil:

"O delegado-geral, Paulo Rubens Vilela, informa que com relação ao processo de improbidade administrativa movido contra sua pessoa está bastante tranquilo, e será apresentada defesa com provas de que não foi praticado nenhum dolo para qualquer tipo de ilicitude, e que também não houve má fé no ato. 

Vilela acrescenta que seu tempo na carreira policial, sendo 8 anos como corregedor de polícia, e seus antecedentes comprovam sua idoneidade.

Polícia Judiciária Civil de MT"






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/79171/visualizar/